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Técnicos do CREA-PE farão trabalhos voluntários em municípios atingidos pelas enchentes na Zona da Mata Sul de Pernambuco

Após tomar conhecimento do desastre ambiental ocorrido em municípios da Zona da Mata Sul e Agreste do Estado, em virtude das chuvas dos dias 27 e 28 de maio e, entendendo que a assistência técnica às necessidades da sociedade são parte das ações que devem ser encampadas pelo Sistema, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), buscou dialogar com o poder público no Recife e no município de Palmares com o objetivo de prestar ajuda técnica contribuindo para minimizar os problemas existentes.

Em paralelo, com o mesmo objetivo, foram mantidos contatos com os órgãos deliberativos do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), para concessão de recursos no valor de R$ 300 mil para viabilizar a cooperação técnica, assim como, encaminhamento, para aprovação, ao plenário do Regional, da Portaria nº 163/2017, que dispõe sobre a aplicação do projeto técnico que será realizado nos municípios da Mata Sul, pelo CREA-PE.

A iniciativa, formalizada por meio do convênio nº 107/2017, celebrado entre o CREA-PE e o CONFEA, em 11 de agosto, começa a ser implementada na segunda-feira (28), a partir das 11h30, numa reunião entre o prefeito Altair Bezerra da Silva Júnior, secretários e represente da Defesa Civil municipal e o 1º vice-presidente Geólogo Waldir Duarte Costa Filho – Presidente em Exercício, superintendente engenheiro civil e de segurança do trabalho Frederico Guilherme Bastos Gonçalves e o assessor de Projetos Especiais engenheiro civil André Gomes Buonafina.

Todo o trabalho que será realizado tem o objetivo de apoiar, orientar e dar suporte técnico aos municípios atingidos, na avaliação dos danos causados, com levantamento “in loco”, sugestões para correções e ações emergenciais nas áreas das Engenharias, Segurança e Meio Ambiente, planejando, elaborando vistoria de laudos expeditos e relatórios. Todo o trabalho será desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais do Sistema CONFEA/CREA e Mútua, indicados pelas entidades de Engenharia.

Os recursos concedidos pelo CONFEA serão utilizados para pagamento de diárias, despesas com combustível, despesas com serviços gráficos e de comunicação e divulgação, despesas com material de consumo e de escritório que serão utilizados pelos grupos de técnicos das várias áreas das Engenharias que realizarão trabalhos voluntários nos municípios de Palmares, Belém de Maria, Cortês, Ribeirão e Catende, decretados em “Estado de Emergência” pelo governo estadual.

Com os recursos liberados, os profissionais se revezarão em grupos de 20, coordenados pelo superintendente do CREA-PE, Frederico Bastos, nos trabalhos que terão duração de 15 dias em cada um dos municípios. Para tanto, serão elaborados relatórios técnicos com a identificação dos tipos e da utilização dos imóveis, proprietários, característica do imóvel, qualidade da construção, histórico do ocorrido, problemas encontrados, e a possibilidade de recuperação e/ou reconstrução dos mesmos, bem como serão elaborados relatórios dos danos ao meio ambiente, relatórios  nas áreas de Agricultura e de Engenharia de Pesca e Florestal. Feitos esses levantamentos, com previsão para conclusão em quatro meses, os documentos serão fornecidos aos órgãos públicos envolvidos.

Histórico

O Estado de Pernambuco, durante os dias 27 e 28 de maio de 2017, passou por mais uma tragédia devido ao início das fortes chuvas ocorridas em todo estado, se destacando os municípios da Mata Sul e do Agreste Pernambucano, lembrando a tragédia semelhante ocorrida em 2010, causando um grande número de desabrigados e de grande destruição aos patrimônios Privados e Públicos.
As enchentes voltaram a destruir cidades, em suas economias e a causar danos humanos, deixando segundo fontes do Estado de Pernambuco quase 3,3 mil desabrigados e 36 mil desalojados nas 27 cidades em Estado de Emergência.

Mais de 5000 casas foram danificadas, e cerca de 250 destruídas, estradas vicinais, rodovias, pontilhões, Barragens de terra e estrutura de serviços básicos, foram direta e indiretamente afetados, com hospitais e postos de saúde paralisados em suas atividades, ocorreram cortes de iluminação Pública, dificuldades no abastecimento de água e etc. Tal intercorrência, deixa um rastro de sujeira e aumenta exponencialmente, os riscos de doenças e epidemias.

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