Crea-PE

Professor da USP debate sobre a Máquina de Turing e os limites da tecnologia no Crea Convida

Valdemar Setzer discorreu sobre a impossibilidade das máquinas exercerem funções humanas; live foi transmitida na terça-feira e está disponível na TV Crea-PE, no Youtube

O Crea Convida da última terça-feira (14) trouxe o engenheiro eletrônico e professor da USP Valdemar Setzer, referência nacional em tecnologia, para tratar da Máquina de Turing e o que os computadores podem e não podem fazer. O encontro foi transmitido às 19h na TV Crea-PE, no Youtube, e está disponível na íntegra aqui. A ocasião contou ainda com a presença de Clóvis Albuquerque, gestor do Conselho e também engenheiro eletrônico.

 

O debate sobre a potencial capacidade das máquinas exercerem funções humanas como pensar e sentir emoções desperta paixões na área da tecnologia. Para o professor do departamento de Ciência da Computação da USP, porém, essa possibilidade só existe na ficção científica.

 

Setzer iniciou a conversa apresentando o trabalho realizado por Alan Turing, primeiro matemático a caracterizar em que situação um computador poderia ser chamado de “inteligente”. Entre aspas, pois o que ele defende é que a máquina seja capaz apenas de interpretar dados em um universo previsto anteriormente pelo programador, diferente da inteligência humana, capaz de aprender e interpretar informações novas com base na experiência de vida.

 

O famoso engenheiro da computação, em 1950 planejou e tornou conhecido o teste que leva o seu nome, o Teste de Turing (TT), que tinha como objetivo avaliar a capacidade de se determinar em que situação um computador poderia ser chamado de inteligente. Para tanto, montou um esquema em que pessoas ficariam isoladas em uma sala e fariam perguntas a outros participantes humanos e a uma máquina. A ideia era aferir se a máquina seria capaz de, independente da pergunta, oferecer respostas indistinguíveis das apresentadas pelo humano. De acordo com Setzer, apesar de conseguir oferecer respostas básicas, até mesmo a mais avançadas das inteligências artificiais de hoje em dia são incapazes de imitar com perfeição as respostas humanas.

 

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