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Dia Mundial do Trabalho

No dia 1° de maio, feriado nacional, comemora-se o Dia Mundial do Trabalho. A data é celebrada pelos trabalhadores desde 1890 e simboliza a luta da classe operária para construir sua identidade combativa, para garantir seus direitos já adquiridos e para reivindicar melhorias.

Origem

Entre 1883 e 1884, já se discutia na França, entre os libertários anarquistas, uma forma de greve geral como forma de intimidação. O instrumento de luta seria um dia “sem trabalho”, ou seja, “ausência de trabalho através da greve de um dia”. A fixação da data 1° de maio, porém, só ocorreu oficialmente na Segunda Internacional Socialista, em Paris, em julho de 1889. Na ocasião, Raymond Lavigne, um jovem militante socialista francês, fez a seguinte proposta: “Será organizada uma grande manifestação internacional com data fixa, de modo que, em todos os países e em todas as cidades ao mesmo tempo, no mesmo dia marcado, os trabalhadores intimidem os poderes públicos a reduzir legalmente a jornada de trabalho para oito horas e a aplicar as outras resoluções do Congresso Internacional de Paris”.

A data escolhida é uma referência a outro evento ocorrido em 1° de maio de 1886, em Milwaukee e Chicago, nos Estados Unidos. Naquele dia, houve um violento confronto entre trabalhadores e a polícia. Nessa manifestação, trabalhadores exigiam redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas diárias, melhores salários, férias e direito a um descanso semanal remunerado. O movimento resultou na morte de 15 pessoas. Além disso, mais oito manifestantes foram presos e enforcados, em 1887, o que gerou grande repercussão nos jornais. A data passou a ter um peso significativo no imaginário popular no que se refere à luta operária.

No Brasil

No Brasil, operários organizam manifestações e greves desde 1892. Há notícias de que a primeira celebração do 1° de maio ocorreu em 1895 em Santos, organizada pelo Centro Socialista, e que pedia redução da jornada de trabalho.

A data foi oficializada como feriado nacional durante o governo de Artur Bernardes, em 1925. Mais tarde, durante o governo de Getúlio Vargas, a data era usada para que fossem anunciadas notícias trabalhistas de acordo com as reivindicações dos trabalhadores, como a instituição do salário mínimo ou a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias, a criação da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), e ainda a criação da Justiça do Trabalho, em 1941.

Durante o período da ditatura, os sindicatos perderam sua força política e de organização. Foi somente no final da década de 70 que o movimento dos trabalhadores retomou seu fôlego. No dia 1° de maio de 1978, metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP) fizeram uma manifestação que reuniu cerca de três mil pessoas. No final da ditadura, no dia 1° de maio de 1980, aproximadamente 100 mil pessoas manifestaram seu apoio às reivindicações trabalhistas.

Atualmente, o feriado é comemorado principalmente por meio de grandes festas organizadas pelas centrais sindicais, no sentido de manter os direitos já adquiridos.

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