Crea-PE

Palavra do Presidente

A paixão pela engenharia sempre esteve presente em minha vida e a decisão de se apresentar aos profissionais como candidato à presidência do Crea-PE tem a ver com essa ideia que me persegue desde a graduação: fortalecer e valorizar esta área, além, é claro, da agronomia e geociências. Ter recebido a confiança dos meus pares para esta nobre tarefa de representá-los encheu-me de orgulho e foi com este sentimento que entrei, pela primeira vez como presidente, na sede do Conselho no dia 4 de janeiro de 2021.

O orgulho, porém, não é maior que o senso de responsabilidade exigida para esta missão. O trabalho é árduo e os desafios são muitos, motivo pelo qual tenho depositado toda a energia possível na construção da visão que defendemos: engenharia, agronomia e geociências comprometidas com o desenvolvimento alinhado à responsabilidade social e ambiental. É necessário abrir estradas e construir aeroportos. Aperfeiçoar a agricultura, gerar empregos e crescimento. Mas sem deixar de lado a preocupação com os impactos ambientais, pois não há futuro sem desenvolvimento sustentável.

É preciso pavimentar o caminho para que a engenharia se fortaleça através das novas técnicas e tecnologias, mirando inclusive as que ainda estão por vir. O Estado de Pernambuco, palco de revoluções e berço de bravos guerreiros, como bem traduziu nosso hino, é o ambiente perfeito para se conectar a este espírito inovador.

É neste Pernambuco ousado que um visionário como João Santos encontrou em Nassau o nome para sua indústria cimenteira, sintetizando uma fórmula potente: olhar para o passado para concretizar no presente uma missão com impactos no futuro. E assim foram tantos outros nomes de nossa gente que edificaram um legado vanguardista sem deixar de olhar para as raízes, como Delmiro Gouveia,  Manuel Correia de Andrade e Joaquim Cardozo.

As engenharias, agronomia e geociências precisam estar conectadas com a Tecnologia da Informação e a Comunicação. Não menos conectadas devem estar as empresas e profissionais com a academia, produzindo conhecimento e usufruindo dele.

O trabalho é contínuo e passa por diversas etapas, sendo nossa prioridade melhorar a prestação do serviço aos profissionais e à sociedade e garantir condições de trabalho adequadas para os colaboradores.

Criamos o Comitê de Modernização da Gestão (CMG) para introduzir mudanças significativas na organização do Conselho, lançamos um sistema de agendamento online e buscamos o diálogo com prefeituras para firmar acordos de cooperação técnica para promoção de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS), fortalecendo a regularização fundiária, pauta essencial para a comunidade.

O olhar para o profissional também precisa contar com a nossa sensibilidade. Em um contexto de fortes impactos na economia causados pela pandemia, prorrogamos o prazo para pagamento da anuidade e ampliamos o acesso aos descontos.

Também procuramos estimular o debate com o projeto Crea Convida, que reúne semanalmente profissionais para debater temas relevantes no campo das engenharias, geociências e agronomia. A criatividade, ferramenta essencial para a inovação, também é celebrada por nós e procuramos traduzir esta visão através da iniciativa Sextou no Crea com Arte, onde apresentamos um debate sobre arte, engenharia, agronomia e geociências.

Sabemos o quanto ainda precisa ser feito. A caminhada é longa e, como vocês já devem saber, não pode ser feita por uma pessoa só. Para tanto conto com a dedicação e competência dos colaboradores deste Conselho e da equipe que chegou ao Crea-PE junto comigo, em janeiro de 2021.

Nosso objetivo é fazer das engenharias, agronomia e geociências agentes protagonistas na busca pelas soluções das demandas do século XXI.  Quando montamos o time da atual gestão, sempre tivemos em mente a construção de um Conselho com a participação coletiva. É nossa prioridade ouvir todos: profissionais, colaboradores, mercado, sociedade.

Ao fim e ao cabo, creio estar exercendo a minha vocação, não só a de engenheiro civil mas também a de ser humano: construir pontes.

Adriano Lucena
Junho de 2021


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