Workshop Crea na Comunidade debate temas centrais para a Zona da Mata

Na primeira mesa, o geógrafo e professor Gevson Andrade, da UPE Mata Norte, abordou os desafios para o desenvolvimento sustentável da Zona da Mata e defendeu o fortalecimento da agricultura familiar, investimentos em infraestrutura e no turismo rural. “O ecoturismo é um caminho para o desenvolvimento territorial”, afirmou o professor. Andrade acredita que algumas ações como ampliação da assistência técnica, mecanização do campo e assistência técnica na zona rural podem reduzir os impactos nas grandes cidades.

 

Já o engenheiro civil André Fonseca, secretário executivo de Habitação estadual, apresentou as ações do governo do Estado no enfrentamento ao déficit habitacional e o impacto na geração de emprego e renda, inclusive na Engenharia. “Há uma preocupação do Governo do Estado com a habitação de interesse social” destacou.  O secretário disse que os pilares do progrma Morar Bem são a  retomada das obras paralisadas, novas unidades habitacionais, regularização fundiária e alienação de imóveis.

O engenheiro civil Thiago Lopes falou sobre o uso da tecnologia na construção civil e o futuro com as cidades inteligentes. De acordo com Lopes, o BIM (Modalegem da Informação) é a expressão de inovação da construção, a evolução da tecnologia aplicada ao setor. “São múltiplas as possibilidades de uso do BIM e é preciso haver uma mudança cultural dos profissionais da Engenharia para trabalhar de forma integrada, conectada e colaborativa”, ressaltou.

As palestras sobre a ATHIS foram a temática da terceira mesa do workshop. A arquiteta Rafaela Cavalcanti, professora da UPE, apresentou um diagnóstico sobre o déficit habitacional e a parceria entre o programa Habita Melhor e o Crea na Comunidade. Entre as constatações da situação de déficit de moradia, a professora apontou que o problema do déficit é urbano, está direcionado à população de baixa renda e inclui também as inadequações da habitação. “O déficit habitacional impacta diretamente na vida das pessoas. A Lei da ATHIS é um direito das famílias e os profissionais da Engenharia e Arquitetura precisam atuar nessa área de forma remunerada”, explicou.

O engenheiro civil Raphael Campos apresentou o empreendimento planejado de moradia popular em Carpina, da Petribu Desenvolvimento Urbano. A empresa construiu um condomínio, dentro do Programa Minha Casa Minha Vida, com estrutura de lazer e imóveis com padrão de qualidade, que é o pontapé inicial para um bairro planejado na área.  “A iniciativa privada deve interagir com as prefeituras e as pessoas precisam se apropriar do seu espaço por direito”, ressaltou.

O presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, encerrou o evento destacando que o Workshop Crea na Comunidade está sendo realizado em seis cidades para mostrar que o desenvolvimento deve chegar a todo o Estado. “Estamos promovendo o debate e a força da Engenharia para o desenvolvimento de Pernambuco”, afirmou Lucena. Ele destacou que Pernambuco precisa enfrentar a questão do déficit habitacional, investindo em tecnologia e educação, valorizando os profissionais da Engenharia e investindo nos polos de desenvvolvimento que podem gerar emprego, renda e moradia adequadas.