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Crea Pernambuco abre Expo Brasil Solar, edição Recife

Considerando o atual contexto global de escassez de recursos, é urgente a adoção de alternativas limpas e renováveis, principalmente na geração de energia. O Brasil ocupa um papel de protagonismo na produção de energia solar. Segundo dados do Governo Federal, no ano passado o País produziu em torno de 18TWh, representando um aumento de 67% em relação a 2020 (10,7 TWh). Para discutir todo o processo desta fonte de energia, a Expo Brasil Solar tem realizado eventos em todo País. Nesta quinta-feira (19), a exposição desembarcou em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, para reunir profissionais da engenharia, investidores e palestrantes da área.

Representando o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco, o vice-presidente do Crea-PE e engenheiro civil Stênio Cuentro foi o responsável por abrir a edição Recife da Expo Brasil Solar. Cuentro fez questão de enfatizar que o fomento da energia alternativa e renovável é de fundamental importância para reverter o caos climático observado em todo planeta. “Além das questões óbvias e ambientais para uma geração de energia limpa e segura, a gente precisa aumentar a nossa produção de energia limpa. Hoje ficamos na mão da energia hidráulica e ao sabor dos temas que se referem ao clima. A energia solar mostra que, ao fazer geração distribuída, democratiza a competição e conseguimos abaixar o preço da tarifa”, destacou.

Além disso, o engenheiro civil salienta a função do Nordeste no movimento de produção de energia limpa. Uma vez que o clima da região é um fator determinante para a geração de altos índices de energia solar. “O Nordeste tem 300 dias de sol a cada ano. Isso representa mais de 4 mil horas de sol anualmente. A região é uma fonte inesgotável de geração de energia, então o Nordeste é disparadamente a região que tem mais condições de crescimento no setor”, reforçou Stênio Cuentro, vice-presidente do Crea Pernambuco.

Em abril deste ano, o setor registrou a marca de um terawatt de potência em todo o mundo. Para fazer um comparativo, a capacidade anual da Usina de Itaipu é de 14 GW (gibabites), o que equivale a 1,4% da marca registrada em abril passado. A projeção da “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026” é de que, caso o crescimento se mantenha, o planeta registrará dois terawatt em menos de quatro anos. O número representa o dobro da capacidade de geração elétrica da França e da Alemanha juntas.

Ainda segundo dados da “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, o Brasil é líder de mercado em energia solar na América Latina e tem potencial para se tornar um dos principais produtores em escala global. O País deve atingir 54 gigawatts de capacidade solar até o ano de 2026.

Foi observando o crescimento de oportunidades que Vitória Alves ingressou na área há três anos. A estudante de Engenharia de Energias Renováveis da UFPB pegou a estrada e veio ao Recife para aumentar a rede de contatos profissionais. “Eu já sou empresária na área, já trabalho no ramo há três anos, então eu vim aqui para fazer network, conhecer as pessoas da área e me atualizar no mercado. O profissional do mercado de energia precisa participar desse eventos. Sou de João Pessoa, mas minha empresa atua muito no Sertão de Pernambuco. É um mercado que muda muito, a cada dia que passa é uma nova tecnologia, então sempre devemos estar nos atualizando”, contou Vitória Alves, empresária e estudante do curso de Energias Renováveis da UFPB.

Ainda este ano, o Expo Brasil Solar passa por São Luís, no Maranhão, (14 junho), Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, (14 julho), Goiânia, em Goiás, (11 agosto), Rio de Janeiro (22 setembro), Salvador, na Bahia, (6 outubro), São Paulo  (3 novembro) e Fortaleza, no Ceará, (6 dezembro).

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