Com discussões sobre Manutenções Prediais, Energia Elétrica do Estado de Pernambuco e Recursos Hídrico, o Comitê Tecnológico Permanente (CTP) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) realizou, na tarde desta terça-feira (26), sua 5ª reunião ordinária. Além do presidente do Crea-PE, Evandro Alencar, participaram do encontro o diretor do Crea-PE, engenheiro civil Norman Barbosa Costa, o conselheiro geólogo Waldir Duarte Costa Filho, o engenheiro civil Carlos Fernando de Araújo Calado, o engenheiro agrônomo Gerson Quirino Bastos, o engenheiro eletricista João Paulo Maranhão de Aguiar, o engenheiro civil José do Patrocinio Figueirôa, o engenheiro civil Mário de Oliveira Antonino, o geólogo Waldir Duarte Costa e o engenheiro agrônomo Joadson de Souza Santos, Chefe de Gabinete do Crea-PE.
Após a verificação do quórum e aprovação da súmula da última reunião, os especialistas deram início aos trabalhos. Primeiro a fazer sua exposição, Carlos Calado iniciou sua apresentação incluindo o tema Resíduos Sólidos. Em sua fala, Calado disse que iria se ater a tópicos que têm ações facilitadas. “Tenho a convicção de que as leis representam uma base excelente para início de trabalho”, afirmou Calado. Segundo o especialista, a questão sobre os resíduos sólidos abre um espaço para o exercício e valorização da engenharia.
Na ocasião, ele sugeriu que fossem realizados seminários e palestras que permitam a discussão dos temas e contribuam para esclarecimento da população e dos agentes públicos e privados responsáveis. Ainda na reunião, Como forma de operacionalização, indicou a escolha de municípios para implantação dos projetos, parcerias com prefeituras e outras instituições, articulações com os Poderes, bem como os agentes não formais representativos da sociedade. “Precisamos de menos falácia e mais ação”, finalizou.
O presidente concordou que com a estipulação de metas os profissionais serão beneficiados e observou que inclusive a maioria dos temas levantados pelo Comitê estão citados em leis. “Até mesmo o assunto de Manutenção Predial tem uma lei que ainda não está regulamentada”, destacou Evandro Alencar. O presidente ainda pontuou que o tema Manutenções Prediais foi debatido em uma das sessões do projeto Terça no Crea e que pretende voltar a discutir o tema, mas dessa vez com a presença de políticos atrelados à ação para incentivar o andamento da causa.
Mário Antonino se pronunciou avaliando positivamente a apresentação de Carlos Calado e ressaltando a importância de aprofundamento dos temas. Segundo Antonino, “seria de interesse, não só para sociedade, como também para os jovens engenheiros, que o Crea se apresentasse às universidades com mensagem de esperança”.
Na sua apresentação da tarde, o engenheiro eletricista João Paulo Maranhão apresentou um panorama da Energia Elétrica em Pernambuco. Em sua fala, o especialista avaliou o assunto como imprescindível para o desenvolvimento e bem estar da sociedade. “Em meados de 1995 a energia passou a ser tratada como um produto comercial, o que acarretou péssimos resultados para a coletividade. a história da energia é recente, começando a partir da segunda metade do século XIX”, destaca Maranhão.
Ainda na sua palestra, ele comentou sobre a 1ª hidrelétrica do Nordeste, a Usina de Angiquinho, cujo centenário de construção foi em 2015. Ele também afirmou que “a produção de grandes blocos de energia só é possível com as energias hidráulica e térmica e que as outras energias também são importantes, porém ainda complementares e em desenvolvimento”.
O especialista ainda trouxe um quadro que mostra o consumo de energia no Brasil ao longo dos anos, onde o consumo da energia elétrica diminuiu de 2011 a 2014, crescendo em 2015. De acordo com o material, Pernambuco representa 25% do consumo de energia elétrica do Nordeste, sendo a Bahia o maior consumidor da Região.
Questionado pelo engenheiro Carlos Calado sobre qual a avaliação do especialista sobre o uso da energia nuclear no Nordeste, João Paulo Maranhão afirmou que ela é a 2ª melhor opção para produção de energia elétrica, mas alertou que o risco é grande.
Para finalizar, Mário Antonino, em sua apresentação sobre Recursos Hídricos, destacou que “o mundo tem dependência da atuação eficiente dos engenheiros”. Ainda segundo ele, “as engenharias tem fornecido um material fantástico para a sociedade como um todo”. Antonino ainda apresentou a situação e o perfil das barragens e bacias de Pernambuco.
Rui Gonçalves
ASC do Crea-PE