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Crea-PE recebe profissionais de engenharia da Compesa para discutir falta de reajuste salarial

Uma comitiva formada por profissionais de engenharia da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) foi recebida, nesta terça-feira (04), na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) pelo presidente da instituição, Adriano Lucena. Uma decisão da Companhia referente à suspensão do reajuste salarial da categoria foi a pauta principal da reunião, que contou também com a participação do vice-presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), o conselheiro federal Nielsen Christianni; e da presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco (Senge-PE), Eloísa Basto.

Os compesianos vieram solicitar a intermediação do Crea-PE e dos demais órgãos representativos junto à diretoria da Compesa, após serem surpreendidos por um comunicado interno, divulgado no final de dezembro de 2024, anunciando a decisão da Companhia de desvincular o piso salarial de profissionais que atuam nas áreas de engenharia química, arquitetura, e veterinária ao salário mínimo. A companhia alegou que a medida foi tomada com base em uma decisão do STF que declarou a inconstitucionalidade do artigo 5° da Lei 4.950-A, que trata do Salário Mínimo Profissional. “De forma arbitrária, no dia 31 de dezembro, nós fomos surpreendidos pelo anúncio do não reajuste. Por isso, viemos procurar ajuda das entidades que nos representam para nos auxiliar com as medidas administrativas e judiciais necessárias”, destacou o engenheiro civil e analista de saneamento da Compesa, Renner Pedrosa.

O presidente do CREA-PE, Adriano Lucena, sinalizou a disposição do Conselho para intermediar junto à presidência da Compesa uma solução para reverter a decisão que afeta diretamente os profissionais de engenharia. “Contem conosco. Meu papel enquanto presidente dessa instituição é defender a nossa categoria. Por isso, usaremos todos os meios que temos à nossa disposição para garantir que nossos profissionais sejam valorizados,” enfatizou.

Nielsen Christianni, vice-presidente do Confea, destacou que os engenheiros da Compesa desempenham um papel essencial para o desenvolvimento da Companhia. “O piso salarial sempre foi respeitado ao longo de décadas. Essa conquista deve ser defendida com veemência. Por isso, é fundamental um diálogo aberto e transparente para evitar qualquer retrocesso,” acrescentou. O diretor de relações sindicais do Senge, Mozart Bandeira, também manifestou apoio aos trabalhadores. “Entendemos que a Compesa está equivocada. Iremos conversar com a diretoria da Companhia para dizer da nossa indignação e tentar rever essa decisão de forma administrativa, pois ela descumpre, inclusive o acordo coletivo da categoria”, corroborou.

Além da falta de reajuste salarial, outros temas como a ausência de diálogo entre a diretoria da Compesa e os trabalhadores, o descumprimento do acordo coletivo e a falta de um plano de cargos e carreiras para a categoria estiveram na pauta do encontro.

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