Crea-PE

Reunião avalia os impactos da construção da ferrovia em Pernambuco

Crea-PE deve atuar como orientador das políticas públicas para o desenvolvimento do Estado

O movimento Transnordestina Já continua firme em defesa da retomada da construção da ferrovia em Pernambuco. O anúncio do Governo Federal da liberação de R$ 811 milhões para o ramal Pecém (CE) – Eiseu Martins (PI) e a desistência da Bemisa de construir e explorar uma estrada de ferro, no trecho entre Salgueiro e Suape, não arrefeceu os ânimos do grupo, que reúne o setor produtivo do Estado, sob a liderança do Crea-PE.

Na última semana, integrantes do movimento se reuniram no Conselho para avaliar o impacto dos fatos recentes na condução do processo de defesa da ferrovia. “A Transnordestina é um empreendimento de grande porte, bastante importante para o desenvolvimento da Região Nordeste e de Pernambuco e tem que ser uma obra federal”, defende o engenheiro civil João Recena, integrante do Comitê Tecnológico de Pernambuco (CTP), do Crea-PE.

“O transporte sobre trilhos vai definir o futuro de Pernambuco”, destacou o presidente em exercício do Crea-PE, Clóvis Segundo. Para ele, o Conselho deve atuar como orientador das políticas públicas para o desenvolvimento do Estado, e esse é um dos caminhos. Clóvis Segundo também destacou a importância das entidades envolvidas no movimento entenderem quais as dificuldades que precisam ser enfrentadas, e atuar para que o ramal seja efetivamente retomado.

De acordo com Francisco Cunha, representante da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), as entidades se mantêm motivadas para garantir o trecho pernambucano da ferrovia. “Sem a Transnordestina, Pernambuco perde uma parte importante de sua competitividade. É uma luta de todos os pernambucanos, e deve ter a liderança do Governo do Estado”, ressaltou Cunha.

A conclusão do ramal Salgueiro-Suape foi incluída, este ano, no Programa de Aceleração do Crescimento, (PAC) do Governo federal. Mas os recursos e o modelo de concessão ainda não foram assegurados. No final de 2022, a TSLA, concessionária da ferrovia, conseguiu retirar o trecho pernambucano da concessão. Bruno Schwambach, da Amcham-PE, considera que a liberação do financiamento para a TSLA e a saída da Bemisa não inviabilizam o movimento pela ferrovia.

Para Schwambach, a inclusão do ramal Salgueiro-Suape no PAC já foi anunciada. Segundo ele, o fato do trecho no Ceará avançar não significa que Pernambuco não terá a ferrovia. “É um processo natural”, avalia. Ele defende que o Governo do Estado deve assumir um protagonismo maior na elaboração do projeto, no recebimento dos ativos e na negociação junto à Bemisa. “Precisamos juntar todos os atores para nosso trecho sair do papel”, concluiu.

 

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