Crea-PE

Waldir Duarte Costa fala sobre águas subterrâneas de PE para inspetores e conselheiros no Seminário de Lideranças

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Professor Waldir Duarte Costa destacou vantagens das águas subterrâneas

O hidrogeólogo Waldir Duarte Costa fechou a programação  da manhã deste sábado (31), segundo dia do 1° Seminário de Lideranças Regionais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), realizado no Bonito Plaza Hotel, na cidade de Bonito, no Agreste. Com mais de 30 anos dedicados a docência do ensino superior, o professor doutor em hidrogeologia falou sobre as “Alternativas de Abastecimento por Água Subterrânea no Estado de Pernambuco” para inspetores e conselheiros do Regional.

Em sua fala, o mestre falou sobre a importância da água para o ser humano. Na ocasião, ele chamou atenção para a quantidade de recursos hídricos encontrados em Pernambuco. “O nosso planeta deveria ser chamado de planeta água. Temos mais de 70% do globo coberto por águas, mas vivemos um período crítico. O Brasil tem 13% de toda a água do planeta. Apesar disso, não há uma distribuição igual. Por essa razão, nosso estado amarga uma das situações mais críticas em relação a disponibilização de recursos hídricos”, explica.

O professor destacou também as diferenças entre bacias hidrogeológicas e bacias hidrográficas. “Não há correlação entre as bacias. A hidrográfica é o resultado de toda precipitação que flui em cursos de águas. Já a hidrogeológica é a correspondência de camadas por sedimentos e profundidade que armazenam água. É importante lembrar que os limites das duas bacias não coincidem”, esclarece.

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Público interessado participou da apresentação do professor

Ainda na ocasião, Waldir afirmou que de todo o estado apenas 15% possui solo bom para ter lençóis freáticos com água de boa qualidade. “Pernambuco é o estado que menos  água subterrânea do País”, explica.  De acordo com o especialista, o balanço hidrogeológico de Pernambuco mostrou que temos aqüíferos que apresentam déficit, ou seja, a quantidade de águas que está saindo é maior do que está entrando. “Esse déficit acarreta continuo rebaixamento da superfície, que pode ocasionar diversos problemas, tais como salinização e exaustão do aquífero”, alerta.

Para finalizar, ele ainda mostrou as vantagens da água subterrânea. “Além de ser a mais barata, dispensa tratamento químico, a rede de adução é de pequena extensão, não implica desapropriação de grandes áreas, independe de períodos de estiagem prolongados, entre outros”, destaca Duarte Costa.

 

Rui Gonçalves
ASC do Crea-PE

 

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