O segundo dia de trabalhos do 1° Seminário de Lideranças Regionais do Sistema Confea/Crea e Mútua começou, neste sábado (31), com a apresentação do gerente de Fiscalização do Regional, engenheiro civil Romildo Cavalcanti, sobre a fiscalização. Na ocasião, inspetores e conselheiros puderam conhecer um pouco mais a estrutura e o funcionamento da Gerência da Fiscalização.
No primeiro momento, Romildo destacou o reflexo da economia pernambucana nas fiscalizações. “Vivemos um período muito bom economicamente falando. Tivemos obras de Copa do Mundo, instalação de novas fábricas pelo Interior. Mas as emissões de Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) são incompatíveis com o desenvolvimento de Pernambuco. Isso só é prova de que ainda temos muitas obras e projetos sem ART ou perdemos muito espaço para o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). Com isso, precisamos ampliar o campo de atuação da Fiscalização”, concluiu Cavalcanti.
Romildo ainda apresentou aos participantes como funciona a Gerência de Fiscalização e a Divisão de Controle de Fiscalização (DCFI) e Divisão de Fiscalização (DFIS). “É preciso fazer uma fiscalização inteligente e não apenas aumentar o número de fiscais. Precisamos usar toda tecnologia a nosso favor, já que não temos poder de polícia, precisamos cumprir o que determina a legislação e garantir a segurança à sociedade”, destacou Cavalcanti.
Além disso, Romildo ressaltou a importância de ir para o Interior. “Temos um bom campo de atuação na Região Metropolitana do Recife (RMR). É preciso ir para o Interior. Cumprir a nossa missão do Litoral ao Sertão, em todas as modalidades e não apenas na área civil”, afirmou.
Na ocasião, o gerente também apresentou o sistema de gerenciamento de fiscalização do Conselho pernambucano, o CreaNET. “Apesar das limitações, o sistema permitiu um maior acompanhamento da ação dos fiscais por parte da gerência da área. Isso porque o gerente pode acompanhar o passo a passo dos fiscais em todo o Estado. A partir disso, conseguimos implantar as metas, que preveem uma quantidade de fiscalizações”, explicou.
Ainda no encontro, Romildo fez um diagnóstico da situação atual da fiscalização do Crea-PE. De acordo com ele, o Regional pernambucano faz, em média, 3,1 visitas/ dia. Além disso, ele apresentou como problemas atuais as inspetorias deficitárias e a fiscalização dissociada de centros econômicos. “Também temos um problema de dificuldade no resgate dos passivos. Temos um problema de rastreio de documento e sombreamento do Crea com o CAU”, explicou o gerente.
Romildo Cavalcanti também falou do potencial de crescimento da Fiscalização do Crea-PE. “Há grandes forças e oportunidades para o Regional. Temos ao nosso lado o crescimento econômico estadual, autonomia administrativa, instituição auto sustentável”, explicou.
Também segundo o gerente, as propostas para otimização da Fiscalização são: implantação do Sistema de Georrefenciamento, elaboração de convênios com entidades governamentais, prefeituras e instituições sujeitas à fiscalização, além de dar foco nas demandas locais e implantação do Livro de Ordem Digital.
Para o ano de 2015, a Gerência de Fiscalização planejou mais de 10 mil fiscalizações para as Inspetorias, além da sede. No planejamento apresentado, Cavalcanti destacou o crescimento da demanda com as fiscalizações dirigidas e preventivas, além das denúncias. “A palavra de ordem é trabalho. Vamos mudar a cara da fiscalização no Regional pernambucano”, finalizou o gerente.
Rui Gonçalves
ASC do Crea-PE