Documento elaborado nesse sábado (09) encerra dois dias de debates sobre os problemas e soluções para a região

Pacto pela sustentabilidade, educação ambiental, reaproveitamento dos resíduos sólidos da construção civil, fiscalização da atividade mineral e o resgate de culturas agrícolas para estimular o turismo rural. Essas são algumas propostas para o desenvolvimento da região do Agreste, formalizadas na Agenda para o Desenvolvimento Regional de Santa Cruz do Capibaribe.
O documento contém as propostas dos participantes do Crea Desenvolve, que aconteceu na sexta (08) e sábado (098), na Escola Técnica Estadual José Nivaldo Pereira Ramos, no município. A agenda será encaminhada aos parceiros, gestores públicos, universidades e demais entidades de classe que podem atuar na solução dos problemas.
Na abertura do encontro, o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, destacou a importância da região para Pernambuco. “O Polo de Confecções é muito importante para o desenvolvimento econômico e a geração de emprego”, afirmou. O presidente abordou a participação da Engenharia na produção das confecções no polo, em atividades como uso e tratamento de água, o escoamento da produção e a relação com o Rio Capibaribe. Reforçou ainda a importância da duplicação da BR-104.
Palestras apontam situação e futuro econômico, ambiental e social
A programação do Crea Desenvolve de Santa Cruz do Capibaribe contemplou palestras, que envolveram aspectos econômicos, sociais e ambientais da região. No primeiro dia do evento, o professor Alex Souza Morais, do Departamento de Química da UFRPE, apresentou pesquisas que estão sendo desenvolvidas para propor soluções que reduzam o impacto no meio ambiente. Também apontou soluções que podem permitir o reaproveitamento do descarte das indústrias têxteis no processo de lavagem e tintura dos tecidos.
O engenheiro agrônomo e professor da UFRPE Geraldo Eugênio de França apresentou a situação atual e o futuro das culturas de café, uva e milho, e da avicultura e pecuária no Agreste. Também destacou o papel dos profissionais da Engenharia, Agronomia e Geociências no desenvolvimento regional. “O Agreste tem chances de aproveitar o boom de desenvolvimento, integrando tradição e inovação”, concluiu.
Já o gerente de Outorga e Cobrança da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), Clênio Torres, e Paulo André da Silva Neto, integrante do Comitê de Bacias Hidrográficas do São Francisco, abordaram questões relativas ao desafio no gerenciamento de recursos hídricos, escassos na região, e a utilização sustentável das areias dos aluviões.
As palestras forneceram subsídios para que os profissionais discutissem e elaborassem as propostas para a região, com base em três eixos: indústria da confecção; construção civil e produção agrícola, pecuária e florestal sustentável.
“Debatemos temas importantes para o desenvolvimento sustentável da região, que forneceram as bases para a elaboração das propostas pelos grupos. O Crea-PE tem o compromisso de acompanhar e monitorar a implantação das propostas apresentadas”, afirmou o vice-presidente do Confea, Nielsen Christianni, no encerramento do encontro.


















