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Crea-PE participa de reunião com BNB sobre Metrô do Recife

Presidentes do Crea-PE, Adriano Lucena; do Sindmetro-PE, Luiz Soares, e do Senge-PE, Eloisa Moraes, participaram de reunião com o presidente do Banco do Nordeste (BNB), o ex-governador Paulo Câmara para discutir alternativas para o Metrô do Recife

A semana teve início com mais uma agenda em busca de soluções para o Metrô do Recife. Na manhã desta segunda-feira (31), o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, participou, junto com o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, e a presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco, Eloisa Moraes, de uma reunião com o presidente do Banco do Nordeste (BNB), o ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) também participaram do encontro, que teve como objetivo discutir o acesso aos estudos realizados sobre o equipamento pernambucano para subsidiar o PND (Plano Nacional de Desestatização) e a viabilidade de recursos para a reestruturação emergencial do sistema, que terá um custo médio estimado pelo Sindmetro-PE de R$ 1,5 bilhão. Na reunião, Paulo Câmara comunicou ao grupo a possibilidade do projeto de recuperação do Metrô ser financiado em parte pelo BNB.

O sindicato trouxe à mesa de discussões suas preocupações com a privatização das operações, atualmente sob responsabilidade da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), assim como pelo sucateamento e falta de recursos para sua operacionalização imediata. O presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, lembrou que o Metrô do Recife, além de configurar como uma empresa pública com prestação de serviço essencial para a população da RMR, é também uma empresa de engenharia que, quando implementada em Pernambuco, foi exemplo para todo o Brasil. “Dada a importância, tanto para a Engenharia quanto para a população, o Crea-PE discute e acompanha de perto o tema através do Fórum Permanente em Defesa do Metrô. Queremos que o modal possa ser acessado, com qualidade, por cada vez mais pessoas, diminuindo a quantidade de carros nas ruas. E, além do sucateamento atual, sabemos que não houve uma expansão da malha como deveria e essa expansão também precisa estar no nosso horizonte de discussão”, defendeu Adriano.

Paulo recebeu das entidades o documento “Metrô nos trilhos é atendendo à população”, que detalha a defesa pela recuperação e expansão do sistema atual. De acordo com o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, o valor necessário para a recuperação do sistema metroviário é de R$ 1,5 bilhão. Esse valor contemplaria reforma nas estações, recuperação da linha e aquisição de novas composições, assim como melhorias na rede aérea e subestações. Para o presidente do BNB, é possível viabilizar um financiamento – ainda que parcial – para o projeto junto ao banco.

“Como presidente do Banco do Nordeste, torço muito para que haja um desfecho positivo e que o banco possa colaborar neste processo. Como cidadão de Pernambuco, torço para que o desfecho seja o que vocês estão pleiteando, pois acredito que o melhor caminho neste momento é recuperar o que tem, urgente. No futuro, discutimos ampliação e outras questões. O Banco do Nordeste está à disposição, tanto para defender a recuperação do sistema, caso seja consultado pelo Governo Federal – que é quem efetivamente decide a questão, quanto para participar de qualquer equação financeira no tocante à infraestrutura”, disse Paulo.

Também participaram do encontro o ex-secretário de Planejamento do Estado de Pernambuco e membro do Comitê Técnico Permanente do Crea-PE, João Recena; o diretor do Sindicato dos Ferroviários, Sérgio Almeida; os diretores do Sindmetro-PE Jonas Maropo e Glaucia Nascimento; o chefe de Departamento da Área de Estruturação de projetos do BNDES, Arian Bechara; e a gerente do Departamento da Área de Estruturação de projetos, Anie Gracie. Sobre os estudos, os representantes do BNDES explicaram que foram concluídos e entregues em dezembro de 2022 ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e que só o órgão é quem pode dar acesso aos mesmos.

De toda forma, a gerente do Departamento da Área de Estruturação de projetos confirmou ao grupo que, no mês de junho, o BNDES recebeu orientação para atualizar esses estudos, de maneira que possa atender às normas de validade e vigência exigidas pelo TCU e que esse processo deverá levar entre nove meses e um ano para ser concluído. O BNDES é o gestor do Fundo Nacional de Desestatização, por isso compete ao banco a obrigação legal de realizar os estudos que subsidiam as tomadas de decisão do Plano Nacional de Desestatização (PND) e o Metro-Rec segue na lista do PND.

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