Crea-PE

Secretária Fernandha Batista apresenta ao Crea-PE o projeto de triplicação da BR-232

Presidente do Conselho, Adriano Lucena, e profissionais do sistema conheceram detalhes de como será a execução da obra

Os serviços para triplicação da BR-232, no trecho de entrada e de saída do Recife, nem começaram e há uma possibilidade real de redução do tempo de execução da obra, previsto para um ano. O anúncio foi feito pela secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco, Fernandha Batista, ao apresentar o projeto ao presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco, Adriano Lucena, e profissionais do sistema na tarde desta segunda-feira (21), no auditório da sede do Crea-PE.

O projeto, orçado em R$ 100 milhões, que será custeado com recursos do Governo do Estado, pode ter uma redução de execução desde que se dobre os turnos de trabalho, com a obra operando a todo vapor. Mas essa diminuição do prazo implica num aumento do custo. “Essa é uma decisão que não depende apenas da gente. É uma decisão da sociedade, porque implica no uso do dinheiro público”, ressaltou a secretária, explicando que o estudo do impacto financeiro desta decisão deve estar pronto nos próximos 10 dias.

Depois de pronto, o estudo será apresentado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) para avaliar se tal investimento vale a pena, do ponto de vista econômico e social, já que a obra será realizada num trecho que já está há anos saturado. Os transtornos, mesmo com todo o planejamento que envolve uma obra deste porte, são inevitáveis. Eles podem ser minimizados, mas existirão.

A triplicação da BR impactará na vida de 4 milhões de pessoas, conforme informações da secretaria. Sem falar que, depois de pronta, haverá um aumento de 58% na velocidade média da rodovia. Entre os impactos positivos, ela ainda destaca uma economia de R$ 6 milhões de combustíveis ao ano e uma redução de emissão de 12 toneladas de CO2.

Fernandha Batista, engenheira civil de formação, foi apresentar aos colegas da engenharia o projeto e, principalmente, colher sugestões e apontamentos na execução do projeto. Os detalhes técnicos foram debatidos, desde a escolha do tipo de pavimento a ser aplicado na rodovia. Ela explicou que foram feitos estudos que indicaram o uso de placas de concreto com revestimento tipo Portlan na via principal e nas vias secundárias do revestimento CBUQ. Ela informou que foram considerados, principalmente, a facilidade na manutenção.

A secretária sugeriu que o Crea-PE indicasse grupos de engenheiros, nas suas especialidades, para acompanhar o andamento das obras junto com as equipes de execução. A proposta foi bem recebida por Adriano Lucena que colocou o Conselho à disposição para tal tarefa, na realização dessas visitas acompanhadas. “Quando a gente vê um projeto com preocupação com a sociedade, com a qualidade, com a engenheira, porque a engenharia não é custo, a engenharia é investimento. Dentro dessa defesa pela boa engenharia, que a gente tenha uma bandeira nessa gestão, que é Salário Mínimo Profissional, para valorização da categoria”, destaca Lucena.

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