Crea-PE

A agronomia pernambucana em destaque no cenário nacional

Geraldo Eugênio de França, professor titular a UFRPE-UAST e membro do CTP (Comitê Tecnológico Permanente) do Crea-PE, assume diretoria do Departamento Técnico Científico da Confeab

Pernambuco ganha representação no cenário nacional da agronomia com a escolha do engenheiro agrônomo, professor titular da UFRPE-UAST e membro do CTP (Comitê Tecnológico Permanente) do Crea-PE, Geraldo Eugênio de França. Ele foi indicado e assumiu a diretoria do Departamento Técnico Científico da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confeab).

A confederação é uma entidade que prima e cuida da formação profissional do engenheiro agrônomo, pela valorização de sua área, desde sua formação acadêmica à chegada e permanência no mercado de trabalho. Para sua gestão à frente desta diretoria, Geraldo Eugênio planeja usar a experiência que acumulou junto ao Crea-PE e ao CTP. “Vou aproveitar minha experiência do Crea e no CTP e levar para a diretoria ações de uma agronomia propositiva em benefício da sociedade”, assegura o engenheiro agrônomo.

Ele leva na bagagem também a experiência de quem já esteve à frente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), de ex-secretário de Agricultura do Estado de Pernambuco, de ex-superintendente do Incra, entre outros cargos e passagens por órgãos e entidades ligadas à agronomia. A gestão de Geraldo Eugênio na diretoria deste departamento é de, inicialmente, dois anos.

Ele destaca a importância de participar de um conselho que está próximo dos tomadores de decisões para a agronomia. Principalmente por se tratar de um setor tão significativo para a economia brasileira.

A agricultura brasileira é reconhecida como altamente competitiva e geradora de empregos, de riqueza, de alimentos, de fibras e de bioenergia para o Brasil e para outros países. É um dos setores que mais contribui para o crescimento do PIB nacional e que responde por 21% da soma de todas as riquezas produzidas, um quinto de todos os empregos e 43,2% das exportações brasileiras, chegando a US$ 96,7 bilhões em 2019, conforme dados do Plano Diretor da Embrapa 2020-2030.

Outro ponto importante destacado por Geraldo Eugênio é a discussão que vem sendo realizada sobre o papel da profissão, já que a agronomia é o braço técnico da agricultura. Segundo Geraldo Eugênio, o plantio, as plantas, insetos tinham um teor fortemente biológico. De 20 anos para cá, mais precisamente na última década, esses parâmetros estão mudando com a junção das ciências agrárias, a engenharia e as tecnologias digitais.

Estar à frente de um departamento técnico científico vai dar a capacidade de amplificar conhecimento. O engenheiro agrônomo cita como exemplo a seca no Centro-Sul do País. Uma realidade pouco conhecida daquela região e um cenário rotineiro há décadas no Nordeste. “São Paulo veio conhecer a escassez de água há uns 6 anos”, explica Geraldo Eugênio, afirmando que há projeções de uma redução na produção de milho no Paraná entre 60% e 70% em função da estiagem que afeta o Centro-Sul.

Por conta do impacto desta seca naquela região, a tomada de decisões será mais ampla, beneficiando o Nordeste. E estar num conselho nacional vai contribuir não só em levar a experiência nordestina no enfrentamento da escassez de água, como de trazer ações nacionais para o problema da seca em todas as regiões, na avaliação de Geraldo Eugênio.

HISTÓRIA
A Confederação das Federações de Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confeab) foi oficialmente criada em 14 de maio de 1999. Ela veio suceder a Federação das Associações de Engenheiros Agrônomos do Brasil (FAEAB), fundada em 12 de outubro de 1963. Esta federação, por sua vez, tem sua origem a partir da Sociedade Brasileira de Agronomia (SBA), criada em 11 de agosto de 1927.

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