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Crea Convida desta terça-feira (24) traz o tema “Riquezas e oportunidades no Vale do São Francisco”

O assunto será apresentado pelo engenheiro agrônomo Urbano Lins, pela engenheira florestal e de segurança do trabalho, Jordania de Cássia de Araújo Costa, e pelo engenheiro eletricista André Lopes

 

O Sertão é mais verde no Vale do São Francisco. A frase diz muito sobre o cenário da região, uma referência na agricultura irrigada, mais precisamente na fruticultura. O mercado de frutas no Brasil movimenta cerca de US$ 100 milhões por ano e a uva é uma das culturas que mais gera emprego no País. Para se ter uma ideia, a fruticultura irrigada cresce, em média, 5,1% ao ano. Só o cultivo da manga cresce, em média, 6,5% ao ano. E da uva, 4% ao ano.

Não é à toa que o setor agropecuário é um dos esteios do crescimento econômico do País, apesar do desempenho negativo dos indicadores da economia. No epicentro dos bons números da fruticultura irrigada está o chamado Polo de Petrolina e Juazeiro, formado pelos municípios pernambucanos de Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Orocó. A lista das cidades baianas é composta por Juazeiro, Sobradinho, Casa Nova e Curaçá.

Para entender o diferencial no desempenho econômico da região, o Crea Convida desta terça-feira (24) trará o tema: “Riquezas e oportunidades no Vale do São Francisco”. O assunto será apresentado pelos palestrantes Urbano Lins, engenheiro agrônomo, e presidente da Associação de Engenheiros e Agrônomos do Sertão de Pernambuco (ASSEA); e Jordania de Cássia de Araújo Costa, engenheira florestal e de segurança do trabalho. Como debatedor, André Lopes, engenheiro eletricista e presidente da Associação dos Engenheiros Eletricistas e Telemáticos (APPET).

“Na palestra, vamos mostrar às pessoas o começo e o que a fruticultura hoje alcança no Vale, com destaque para a importância da engenharia nesse desenvolvimento do agronegócio na região. Vamos mostrar desde o começo, como as coisas aconteceram, onde elas chegaram e porque hoje nós somos uma referência na exportação de frutas tropicais no Brasil e no mundo”, adianta Lins.

Para o evento da terça-feira, Lins ainda adianta: “Vamos mostrar as influências que nós tivemos de outros países, como Israel, como nós desenvolvemos tecnologias próprias. Vamos mostrar também os desafios pela frente e a contribuição da engenharia nesse processo”.

Natural do Agreste pernambucano, Urbano Lins, ao concluir o curso de engenharia agronômica, na UFRPE, a universidade oferecia uma viagem ao Vale do São Francisco. Esta ida à região lhe deu a certeza de que lá era o local onde teria de fato oportunidades de trabalho na sua área. Chegou no início do processo da irrigação como solução para a seca que assola o vale, no início dos anos 1980.

“Já nessa época, a região já era considerada o eldorado brasileiro. Quando eu vim para cá isso realmente se concretizou”, assegura o engenheiro agrônomo, declarando: “A região se confundiu com minha história.”

A engenheira florestal e de segurança do trabalho Jordania de Cássia de Araújo Costa saiu do Recife com destino a Petrolina há 14 anos. Desde então, trabalha na área ambiental. Primeiro, trabalho na área privada, com a concessão de licenciamentos para projetos de empresas. Hoje está na área de consultoria, como autônoma. O fato do agronegócio ser o principal setor da economia da região, os cuidados ambientais se fazem ainda mais necessários. “A questão ambiental é sempre uma preocupação e aqui tem muitos desafios”, observa a engenheira.

“A seca pode ser vista também como uma oportunidade”, pontua André Lopes. A questão econômica e a vasta produção do Vale do São Francisco levaram o engenheiro à região, que tem projetos por lá. Por isso, Petrolina está na sua rota de trabalho.

“É uma outra economia completamente diferente do nosso Estado. É como se fosse uma economia à parte de Pernambuco. Ela funciona de forma independente. É uma segunda capital”, assegura Lopes.

E os números que Lins vai apresentar confirmam as afirmações de Lopes. Segundo alguns dos dados da palestra do engenheiro agrônomo, Petrolina tem a segunda maior população e o maior PIB do interior de Pernambuco. A cidade tem a sexta maior economia do Estado, representando 4,37% da riqueza pernambucana. Em 2019 seu PIB ultrapassou o de Caruaru, saindo da sétima para a sexta posição no ranking estadual.

O Crea Convida é transmitido ao vivo pela TV Crea-PE, no YouTube, a partir das 19h. Após a apresentação dos convidados é aberto um espaço para interação com os participantes presentes na live, com perguntas sobre o tema.

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