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Crea-PE assina carta de intenção para participar do Lócus de Inovação de Resíduos Sólidos da Construção Civil

Projeto será gerido pela UFPE, dentro do programa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, em busca de soluções para o tema

O Crea-PE apresentou, na tarde desta quarta-feira (9), uma carta de intenção à UFPE para parceria na disputa para o credenciamento no Lócus de Inovação de Resíduos Sólidos da Construção Civil dentro do programa Lócus de Inovação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco. O projeto tem o objetivo de fomentar a geração de soluções, fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), desenvolvimento de novos negócios e geração de oportunidades em Pernambuco por inteiro.

A carta foi apresentada e assinada pelo vice-presidente do Crea-PE, Stênio Cuentro, que também é presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc-PE), outra entidade que também entregou carta de intenção para parceria no lótus de resíduos sólidos. A intenção foi apresentada à professora da UFPE, Nathalia Bezerra de Lima.

Para este programa, o Governo do Estado destinou R$ 1,5 milhão em 2021 e R$ 1 milhão para a edição deste ano. Os recursos são investidos para custear estudos em busca de soluções de desenvolvimento de setores estratégicos para Pernambuco. A aposta nestes lócus de inovação é a integração entre academia e setores produtivos, que apresentaram propostas de maneira consorciada para atender a demanda das vocações econômicas regionais.

Nathalia Bezerra, que também trabalha no Instituto Nacional de Tecnologia em União e Revestimento de Materiais (INTM) da UFPE, explica que o lótus funciona como uma rede. “É como se fosse uma rede, um consórcio. Um consórcio envolvendo universidades, empresas privadas e órgão de governo para ser referência em inovação de temas estratégicos para o Estado”, reforça ela, destacando que já existem 15 lótus de temas variados, desde confecção, energia renovável, gesso, comércio.

É exatamente o INTM que vai inscrever a proposta para credenciamento do lótus de resíduos. O instituto foi criado pela UFPE para fornecer soluções tecnológicas para atividades de projeto, construção, manufatura, inspeção e operação que envolvam união e revestimento de materiais e suas tecnologias correlatas.

“É impressionante a interface que a universidade criou entre uma profissão que é química pura com a engenheira civil, com a construção civil. A beleza da proposta está nisso. Na inteligência que foi aplicada neste projeto, que é na realidade um projeto de pesquisa aplicada para tentar se resolver um dos maiores imbróglios de resíduos sólidos que são os resíduos da construção”, avalia Stênio Cuentro.

Ele observa que hoje, apesar da racionalidade dos processos de construção, com opção de kits, que vêm com tijolos, com telhas, que diminuem o resíduo da construção, ainda tem uma grande quantidade de resíduos. “A cada dia, as distâncias de transporte são maiores para você levar esse resíduo para mais longe da cidade. Então, o custo do transporte inviabiliza a solução de destinação final em aterro sanitário ou em qualquer lugar que seja. Então a solução é a solução in loco, e preferência, no pé da obra”, contabiliza o vice-presidente do Crea.

Cuentro sugere aproveitar a oportunidade na BR-232 que está sendo ampliada. “As obras estão para iniciar. O Governo do Estado esteve no Crea e apresentou essa solução de usar placas de concreto nas quatro pistas centrais. As pistas velhas serão demolidas e isso vai gerar muito resíduo de construção e esse foi um dos pontos que nós abordamos com a professora Nathalia para que a gente encontre a solução adequada para esse resíduo que talvez seja o reaproveitamento em toda obra. Ou seja, a academia participando ativamente na atividade econômica, na vida do cidadão e o Crea dando a sua contribuição”, pondera.

Nathalia Batista explica que vai submeter a proposta para o edital neste domingo (13). “O resultado da análise das propostas deve sair até o final do mês, início de abril. Saindo o resultado, será feito um acordo de cooperação técnica”, explica a professora.

Estiveram presentes no encontro a doutoranda, a engenheira civil, Amanda Marques Lopes Estolano, o doutorando, o engenheiro civil Víctor Marcelo Estolano, a professora do curso de Engenharia Civil da AESA e doutoranda, Heliana Caroline Batista do Nascimento. Também participaram da assinatura da carta de intenção o gerente de integração e excelência do Crea-PE, Ivan Cunha, o coordenador das Inspetorias do Crea-PE, Plínio Sá, e o conselheiro da Abenc-PE, Valdemir Barbosa.

 

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