Crea-PE

“O Futuro do Ensino de Engenharia” será o tema do Crea Convida desta terça-feira (15)

Debate vai apresentar como será a formação profissional neste cenário da pós pandemia do Novo Coronavírus

Com o fim da pandemia do Novo Coronavírus cada vez mais próximo, o Crea Convida desta terça-feira (15) joga luz sobre um assunto que afeta diretamente a formação profissional no País. Sob o tema “O Futuro do Ensino de Engenharia”, o conteúdo será apresentado pelo engenheiro civil e físico José Roberto de Souza Cavalcanti, diretor da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco – UPE, e pelo químico e vice-diretor do Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE/Escola de Engenharia de Pernambuco, José Araújo dos Santos Júnior. A abertura será feita pelo presidente do Crea-PE, o engenheiro civil Adriano Lucena.

Qual será o futuro deste ensino? Híbrido, responde José Roberto de Souza Cavalcanti. Ele conta que a pandemia forçou o ensino remoto pela impossibilidade de aulas presenciais. O processo pegou professores, alunos, instituições de ensino despreparados para essa realidade. “Estamos desde a época de Aristóteles (filósofo grego, nascido em 384 a.C.) neste modelo centrado no professor. Ele, à frente na sala de aula, e os alunos assistindo às aulas”, avalia o José Roberto.

Estes dois anos de convivência com a pandemia evitaram a perda do conhecimento por parte dos alunos com o ensino a distância. Claro que o processo foi conturbado, com falhas. “Não estávamos preparados”, avalia o diretor da Poli. Mas o processo também teve ganhos, conforme Cavalcanti. A exemplo da possibilidade de ver as aulas gravadas quantas vezes foram necessárias, além de, na impossibilidade de não assistir a aula no horário, o aluno terá acesso ao conteúdo depois.

As aulas presenciais, principalmente as de laboratório, devem permanecer. Até porque, a troca, o network na convivência com os alunos e professores não têm o mesmo efeito no formato virtual, destaca Cavalcanti, discorrendo sobre um assunto que tem mais do que propriedade. Hoje, ele se intitula professor e não mais engenheiro. “Troquei a engenharia pelo ensino de tanto tempo que estou na área acadêmica”, observa.

O outro palestrante da noite, José Araújo, trará ao debate sobre o futuro do ensino de engenharia a questão do conteúdo, com ajustes necessários na grade curricular. Como as universidades estão preparando os futuros engenheiros para o mercado, para as exigências da parte prática da profissão, oferecendo disciplinas e conteúdo que atendam as demandas da indústria da engenharia. Principalmente com as mudanças recentes nas diretrizes aprovadas pelo MEC.

“A proposta é discutir também a indústria 4.0. Sobre o que o mercado espera do engenheiro saído da universidade. Entender essas demandas e preparar os alunos para o que é exigido pelo mercado”, pontua José Araújo, que é químico de formação, mas encantou-se pela engenharia nuclear por conta da química. Tanto é que tem mestrado, doutorado e pós-doutorado na área de engenharia nuclear.

O vice-diretor avalia que a pandemia acelerou uma discussão que há muito já acontecia, onde prevê uma aproximação maior da indústria e universidades. “É uma discussão que os próprios conselhos de classe vêm protagonizando há pelo menos 10 anos”, contabiliza José Araújo. Agora o assunto ganhou mais fôlego e será discutido no Crea Convida desta terça-feira (15).

O Crea Convida é um programa semanal, que vai ao ar às terças-feiras, a partir das 19h, pela TV Crea-PE, no YouTube. É um espaço que debate temas importantes para a engenharia, agronomia e geociências, com impactos na sociedade. Ao final das palestras é aberto espaço para perguntas dos internautas sobre o tema debatido.

 

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