Crea-PE

Crea-PE e Mútua-PE em defesa de pauta em prol de associados

Adriano de Lucena e Roberta Meneses se reuniram na quarta-feira (13) e definiram futuras parcerias de entidades

Um encontro propositivo com o intuito de unir forças em prol dos profissionais registrados no Crea-PE e Mútua-PE. Esse foi o tom do encontro que aconteceu na manhã desta quarta-feira (13) entre o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, e a diretora-geral da Mútua-PE, Roberta Meneses. Do encontro, participaram Nielsen Christianni, superintendente técnico do Crea-PE; Leonardo Sales, diretor financeiro da Mútua-PE; Rosely Monteiro, diretora administrativa da Mútua-PE; e Suziane Hatayama, superintendente da Mútua-PE.

A conversa foi pautada por projetos que o Crea e a Mútua podem desenvolver apoiados por entidades financeiras, como o Banco do Brasil e Caixa Econômica, que beneficiem diretamente os profissionais registrados, as lutas conjuntas. Adriano defende a possibilidade dos bancos disponibilizarem, por exemplo, crédito com taxas mais acessíveis aos profissionais associados.

Uma ideia que é compartilhada por Roberta. “A gente entende aqui que o dinheiro da Mútua é um dinheiro dos profissionais. É muito interessante que a gente divulgue isso, facilitando o acesso aos recursos. Esse dinheiro tem que estar na mão dos profissionais”, defendeu Roberta Meneses. Ela sugeriu, inclusive, que, quando o Crea promover um encontro com bancos, informasse para que a Mútua fosse junto. “Todo o dia encontramos problemas comuns ao Crea e à Mútua. Se a gente não encontrar uma solução conjunta, vai ficar a mesma coisa. Trabalhando em conjunto, a gente vai dizer e mostrar o fortalecimento dessa parceria”, destacou a diretora da Mútua-PE.

Um ponto de destaque abordado por Adriano é o plano de saúde. Ele lembrou que a Mútua foi criada em 1977 com o intuito de dar assistência à saúde aos profissionais associados à Mútua, uma coisa que 44 anos depois ainda não acontece. “O plano de saúde é de fundamental importância”, destaca Lucena. Ele ainda avaliou que o profissional não quer pagar duas mensalidades Mútua e Crea. “Se a anuidade do Crea e a da Mútua somasse o valor da anuidade atual do Crea, o profissional dificilmente pagaria as duas. Nós precisamos unir forças para que, quando o profissional pague o Crea, ele automaticamente entre na Mútua. Tem que mudar a lei? Vamos mudar a lei”, pontua o presidente do Crea.

Leonardo Sales questionou Adriano sobre a 5ª Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes, realizada de 6 a 8 de outubro: “No encontro, já se chegou a discutir a possibilidade de uma taxa só, onde o Crea repassaria os recursos para a Mútua? Existe simpatia dos demais presidentes com o assunto?”. Adriano confirmou a existência do debate sobre o tema, mas não a simpatia. “Existe a simpatia da minha parte, de mais uns quatro ou cinco presidentes do sistema, mas não é o pensamento da maioria”, atesta Lucena.

“Você teria um plano de saúde para todo o sistema com essa junção. A Mútua passaria a ter uma quantidade de associados bem maior. Um debate que merece ser levado para a próxima reunião da Mútua. É uma coisa que todos os engenheiros têm o máximo de interesse de ter um plano de saúde mais razoável. A Mútua está trabalhando isso, mas dentro de uma quantidade de engenheiros muito pequena”, alega Sales. Hoje, 12% dos profissionais registrados no Crea são associados à Mútua. “Qual é a atratividade de hoje eu ser mutualista? Não tem um plano de saúde com valor diferenciado, por exemplo. Tudo na Mútua é muita dificuldade”, afirma Roberta Meneses.

Adriano afirma que se pegar os 100% que são associados da Mútua, em torno de 70% só estão por conta do plano de saúde. “Não tem na verdade um atrativo para que os engenheiros procurem a Mútua para ter um plano de saúde. Tem um sindicato dos engenheiros do Ceará, onde todos os engenheiros vão atrás, porque o plano de saúde é mais vantajoso. O pessoal paga um valor muito menor”, afirma Leonardo.

“Uma defesa que a gente pode ter nessa questão de pagar uma anuidade para as duas é a seguinte: se eu não sou mutualista e eu tiro uma ART, esse me dinheiro vai para onde? Vai para a Mútua. Como meu dinheiro vai para Mútua se eu não tenho direito de ter o benefício dela? Se eu pago e vai para a Mútua, então eu tenho que ter um canal que faça uso daquele recurso que está indo para outras pessoas e não para mim”, argumenta Lucena.

PROJETOS
Ainda na visita, Adriano falou sobre captação de recursos para projetos do Crea, que vão além de debates e palestras. O Confea liberou em torno de 6% a 7% do valor total de cada projeto. “Nós avaliamos e o Crea entende que o trabalho que vai dar com a prestação de contas, as informações necessárias, vai ser muito maior do que o benefício de receber esses recursos”, pontua Lucena, explicando a recusa do valores.

“Estamos apresentando o projeto e captando. Se a gente conseguir uma parte desses recursos, vamos fazer com o que a gente conseguir”, alega Lucena, destacando que as verbas destinadas à execução de dois livros: um sobre a memória da engenharia e outro sobre projetos retrofit foram recebidas porque não são projetos continuados.

Entre os projetos continuados que o Crea está captando recursos, tem o Sextou no Crea com Art, o Memorial da Engenharia. “No Crea Comunidade, a gente montou um arcabouço já com a universidade. É uma obrigação educacional que os alunos no sétimo período façam um estágio curricular. Então nós vamos trazer esse estágio para dentro do projeto. Hoje fazendo um acordo de cooperação técnica com a UPE. A UPE vai ser o primeiro piloto. Aí envolve geologia, engenharia ambiental”, explica Adriano.

Novos encontros estão sendo agendados para colocar em prática as parcerias. Até para acertar o envio de sugestões do Crea à Mútua para a reunião da direção da Mútua do Nordeste, nos dias 3 e 4 de novembro, de assuntos de interesse em comum às entidades.

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