Reunião na CDL contou com a participação de várias instituições e lojistas nesta sexta (06)

Buscar soluções para aumentar a segurança dos edifícios dos bairros do Centro do Recife. Esse foi o objetivo da reunião realizada nesta sexta (06), na Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL), que contou com a participação do Crea-PE. O debate sobre a definição de um plano de ação preventiva reuniu representantes dos lojistas, do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e do Gabinete do Recife Centro (Recentro). O foco é evitar incêndios como os ocorridos recentemente no bairro de São José.
O presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, alertou que os problemas das edificações do Centro não se limitam aos riscos de incêndio. Moradores e passantes também se arriscam por conta das marquises sem manutenção, que já provocaram acidentes graves. “O Crea-PE está disposto a contribuir para aumentar a segurança nessas áreas”, afirmou. Uma das medidas que precisam ser implementadas, segundo ele, é o cumprimento da Lei 13.082 e do decreto que determina a execução da manutenção predial.
Adriano Lucena destacou que o Conselho criou o Fórum Técnico Permanente de Manutenções Prediais, em 2022. Outra ação do Crea-PE em relação à conservação dos edifícios foi o lançamento do Manual do Condomínio, no ano passado, com apoio do com o Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi-PE). “Investir de maneira preventiva não é custo. É necessário fazer a manutenção regular e ter profissionais habilitados para realizar os serviços”, ressaltou. O chefe de Gabinete do Crea-PE, Marcos Carvalho, também participou da reunião.
O plano de ação preventiva para o Centro tem como preocupação os bairros de São José, Santo Antônio e Boa Vista, com foco no combate aos incêndios. A ideia é levar as instituições envolvidas com o problema a agirem rapidamente em emergências e orientarem os lojistas preventivamente. A região é de alto risco para incêndios, principalmente no bairro de São José, onde um incêndio no dia 16 de maio, na Rua Direita, destruiu dois edifícios e provocou a interdição de 11 lojas, que continuam fechadas.
“As instituições e a sociedade civil podem contribuir para que se construam as ações necessárias para evitar que sinistros dessa natureza voltem a ocorrer”, defendeu Paulo Monteiro, diretor Institucional do CDL Recife. Monteiro e os demais lojistas presentes apontaram os prejuízos financeiros com as lojas fechadas e a insegurança do consumidor em circular pelo Centro.
Os lojistas também defenderam ações de educação preventiva junto aos empresários. “São José é a nossa principal deficiência, a área mais crítica”, afirmou o Coronel Curvêlo, do Corpo de Bombeiros. O oficial sugeriu o mapeamento e criação de áreas com reservas de água no Centro para assegurar o combate ao fogo, que afeta principalmente os prédios antigos.











