Roda de debates aconteceu nessa quinta (26) no IV Encontro das Mulheres na Engenharia do Crea-PE

As vivências, escolhas e barreiras enquanto mãe e profissional foram trazidas para uma roda de conversa pelas engenheiras agrônoma e de segurança do trabalho Luísa Peruniz e civil Priscila Vilemen. Elas participaram do IV Encontro das Mulheres na Engenharia do Crea-PE, promovido pelo Programa Mulher, nesta quinta-feira (27). O evento, no restaurante Quintal Cozinha pra Torar, em Campo Grande, no Recife, marcou o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, que é celebrado em 23 de junho.
O presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, deu as boas-vindas ao público que compareceu a mais um evento do Programa Mulher. “É importante destacar a participação das mulheres nas mais diversas profissões, no Conselho e nas entidades de classe”, ressaltou. Segundo o presidente, o Crea-PE defende a inclusão e a participação de todos no debate junto à sociedade, das ações e projetos que gerem emprego, renda e desenvolvimento, com respeito aos espaços de cada um. Adriano Lucena também destacou o trabalho do Programa Mulher e a participação dos profissionais da Engenharia, Agronomia e Geociências no desenvolvimento do Estado.
Luísa Peruniz, que também é conselheira federal representante de Pernambuco no Confea, destacou a trajetória profissional, interrompida por opção pela chegada da maternidade. Mãe de três filhos, ela decidiu se capacitar até abrir sua empresa. “Meu primeiro grande desafio foi engravidar durante o curso. Apesar do apoio da família, minha opção foi adiar o sonho pela maternidade”, explicou. Luísa Peruniz considera difícil a trajetória feminina em um mundo machista, com muitas barreiras que a mulher é obrigada a enfrentar. “A sociedade acaba atrapalhando essa jornada. Como mãe e engenheira sei a importância do apoio do Programa Mulher”, ressaltou.
Já Priscila Vilemen, que estava com a filha recém-nascida quando iniciou o mestrado, trilhou outro caminho. Com a ajuda do marido e dos pais venceu a primeira batalha. “Meu diploma de mestrado foi muito desafiador, mas a maternidade me incentivou a sempre querer mais”, afirmou. Para ela, a mulher precisa ser apoiada para que não tenha que parar a vida profissional por ser mãe.
A engenheira civil contou que não teve acolhimento nas empresas privadas e migrou para o setor público. Hoje no Exército, afirma ter um pouco mais de apoio. Por conta das suas vivências, Patrícia Vilemen pretende ajudar as mulheres que queiram conciliar a vida como mãe e a atividade profissional. “A maternidade deixa a gente mais forte e mais resiliente para correr atrás dos nossos objetivos”, declarou.
Mediadora do debate, a engenheira florestal Ana Lícia Patriota, coordenadora adjunta do Programa Mulher, falou da própria experiência enquanto mãe e profissional e do desafio de liderar ambientes antes dominados por homens. Para Anal Lícia, faltam muitas políticas públicas e nas empresas de apoio às mulheres. “O programa Mulher é uma forma de dar um apoio e acolhimento a quem sofre discriminação e empoderar as mulheres”, declarou.























