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Arquitetura do Bairro do Recife é marcada pela influência européia

Cenário de intensa atividade histórica, o Bairro do Recife é marcado pela influência européia em suas construções. Durante os seus mais de quatro séculos de existência, coabitaram a região diversos povos europeus. Entre eles: portugueses, holandeses, judeus e franceses, todos com a sua contribuição cultural para o lugar. Destaque no bairro, as construções levam os visitantes a mergulhar na Europa do século passado. De acordo com o coordenador da Câmara de Arquitetura e Urbanismo do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), Roberto Freitas, o Bairro do Recife apresenta características da arquitetura eclética e neoclássica. “O Recife que conhecemos hoje é fruto de projeto desenvolvido na Europa e por isso tem elementos da corrente de arte eclética, que consiste na sobreposição de ornamentos de diversas origens que nasceu na França e se espalhou pelo mundo”, explicou Freitas. O que muitos não sabem é que o Recife que conhecemos hoje é resultado de uma reforma que teve início no ano de 1909, com o objetivo de modernizar o local. “O bairro desempenhou um papel fundamental na história do Estado. Abrigou o primeiro porto de Pernambuco, assumindo a característica dos sobrados portugueses e foi invadido pelos holandeses”, explicou o professor de história da Universidade Federal de Pernambuco, Maurício Rocha. O Professor ainda explicou que esses povos não contribuíram com a arquitetura atual do bairro. Segundo ele, o Recife precisava se modernizar e adotou o modelo europeu. “A reforma durou de 1909 a 1920 e foi realizada dentro dos princípios de diversos arquitetos daquele Continente. Além do ecletismo, a principal característica européia é a convergência das ruas ao Porto, estrutura utilizada em Paris”, concluiu Rocha.

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