Debate desta terça-feira (26) vai falar do mercado que mais cresce no Brasil, principalmente dentro de um cenário de crise energética que o País atravessa
O setor de energia solar é um dos que mais cresce no País. Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), confirma que essa indústria teve um crescimento de 70% em 2020. Num ambiente de crise energética que o Brasil se encontra atualmente, a tendência é de aumento nos percentuais do segmento. À luz deste cenário, o Crea Convida desta terça-feira (26) terá o tema: “As perspectivas do mercado de energia solar em Pernambuco”.
O assunto será apresentado por Rudinei Miranda, presidente da Associação Pernambucana de Energia Solar (Apesolar), com expertise no setor de energia solar. Miranda tem graduação em Ciência da Computação, com MBA em Gestão de Projetos pela UFPE. Sua carreira tem foco na gestão e planejamento de programas, projetos e negócios na iniciativa pública e privada, com ênfase na energia fotovoltaica. Ainda terá a participação dos engenheiros eletricistas Maécio Gomes Campos e Paulo Correia Filho, ambos com vasta experiência no mercado privado de energia solar, com atuações em Petrolina e Caruaru, respectivamente.
Miranda comenta que está organizando a associação exatamente para disseminar o conhecimento entre as empresas do segmento, qualificá-las para atrair novos negócios. Mesmo com a capacidade que Pernambuco tem neste setor de geração de energia solar, o Estado não tem um desempenho que reflita tal capacidade, na avaliação de Miranda. A associação vai desempenhar exatamente este papel. Não é à toa que em dois meses à frente da gestão são 15 novas empresas associadas e mais em processo de associação à Apesolar.
O debate vai enforcar as vantagens neste tipo de energia. Do ponto de vista de qualidade, economia e meio ambiente, por ser uma energia limpa. Maécio Gomes Campos explica que a geração de energia solar chegou ao Brasil por 2012 há a perspectiva do País estar entre os países com maior geração de energia solar no mundo. “Nos últimos 2, 3 anos, o setor está em crescimento exponencial”, avalia Maécio.
Paulo Filho reforça esse crescimento do setor, mas destaca que atualmente a alta do dólar vem impactando negativamente, já que os equipamentos são, na sua grande maioria, importados. “A China é um dos principais fornecedores de painéis, mas também enfrenta uma crise energética, o que vem reduzindo a produção para exportação”, observa Paulo Filho.
No Brasil, a energia solar ou fotovoltaica é dividida entre três esferas: residências (72,6%), comércios e serviços (17,9%) e fazendas (6,25%), conforme informações da Absolar. Em 2020, o setor movimento cifras em torno de R$ 15,9 bilhões e gerou mais de 99 mil empregos. Desde 2012, no início das instalações e incentivos para a energia solar no país, estima-se um total de R$ 42,1 bilhões em investimentos neste tipo de fonte.
Entre as vantagens no uso da energia solar, tem a economia de até 95% na conta de luz e a previsão de retorno do investimento entre 4 e 6 anos. Sem falar que conta com leis de incentivo que financiam e reduzem os custos de instalação. É possível conseguir financiamento – tanto empresas quanto pessoas físicas – para a compra dos equipamentos. Os painéis podem durar até 25 anos em pleno funcionamento, com baixa necessidade de manutenção.
O Crea Convida está programado para começar às 19h, com transmissão ao vivo pela TV Crea-PE, no YouTube. Após a apresentação do tema, é aberto espaço para interação com o público presente na live, com perguntas, sugestões. O debate fica gravado no canal do YouTube.
