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Boom imobiliário chega a Caruaru

Edifícios de 15, 20, 25 e até 30 pavimentos. Projetos do tipo condomínio clube (verticais e horizontais) com vários atrativos de lazer e serviços. Metro quadrado valendo, em média, R$ 3,5 mil. Se você imaginou este cenário em bairros emergentes do Recife, errou. O setor imobiliário anda mais aquecido do que se pensa no Agreste pernambucano, polo econômico em desenvolvimento. Basta visitar as três principais cidades da região, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, para ter noção do aquecimento do mercado. 

Há espaço para mais empreendimentos, residenciais e comerciais. Onde houver demanda habitacional e aumento da renda do trabalhador, novos produtos surgirão. Em Caruaru, o panorama é mais visível, ainda mais na ligação do centro com a ala norte da cidade. 

Segundo dados da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), órgão que agrega 1,5 mil associados, dentre os quais as construtoras mais atuantes da região, atualmente mais de 60 projetos imobiliários estão em andamento somente no município. Centro, Universitário, Maurício de Nassau e Indianópolis estão entre os bairros mais valorizados, cuja oferta de terrenos é grande. “A verticalização de Caruaru ocorreu a partir dos últimos 15 anos e cerca de 95% dos prédios foram erguidos em regime de condomínio. Há quatro, cinco anos, com as facilidades do sistema de financiamento, aumento do crédito imobiliário e crescimento do mercado, o regime mudou para o de incorporação”, explica João Bezerra Filho, presidente da Acic e um dos sócios da Bezerra Engenharia.

Comprar um imóvel hoje em Caruaru com dimensões médias de 100 metros quadrados (três quartos básico) exige uma poupança gorda. No regime de incorporação, o metro quadrado (dependendo da localidade), chega a custar R$ 3,2 mil. Se a opção for o regime de condomínio, o valor atinge fica entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, segundo Bezerra, cuja construtora está entre as seis que domina o mercado local. Concluídos, os projetos chegam a atingir R$ 4,5 mil por metro quadrado. 

O aquecimento do mercado no Agreste, que conta com cerca de 184 construtoras (de pequeno, médio e grande porte) também mostra garras afiadas. Tanto que aumentaram a especulação imobiliária e o preço dos terrenos, em alguns casos com até 700% de valorização. Some a isso a elevação da mão de obra e os reajustes salariais dos trabalhadores. O que faz desse trio um oásis do mercado imobiliário pernambucano é a localização estratégica.  No entorno dele, são ao menos 50 cidades (pernambucanas e paraibanas) despejando estudantes e trabalhadores de várias profissões. “Onde há renda, há demanda habitacional e certamente o mercado imobiliário cresce”, diz Cláuston Pacas, diretor da CP Construção, que está erguendo o primeiro bairro planejado de Santa Cruz do Capibaribe, com 40 hectares. Os locais, no entanto, enfrentam gargalos e um deles (semelhante ao que ocorre no Recife) é o entrave na liberação da documentação exigida, via cartório e prefeituras, que emperra em pelo menos seis meses novos lançamentos. Alexandre Mirinda, presidente Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), aponta uma saída. “Criamos com a PCR uma parceria para diminuir o tempo na liberação de documentos e licenças exigidos para que o setor imobiliário tenha rotatividade. O mercado no Agreste também necessita desta rapidez”, completou. 

Fonte: Diário de Pernambuco

 

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