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Dia 12 de Outubro: Dia do Engenheiro que ajuda a combater a fome no mundo

“Agronomia é a profissão do passado, do presente e do futuro”, sintetiza José Vivaldo Mendonça Filho, coordenador nacional das Câmaras Especializadas instaladas nos 27 Regionais que compõem o Sistema Confea/Crea. De Itabuna, (BA), onde atua há cinco anos, Vivaldo defende com o idealismo que parece marcar a escolha da profissão, “que a assistência técnica deveria chegar aos milhares de brasileiros que tiram da terra a sua subsistência que poderia ser mais provida e por isso de melhor qualidade”.

Opinião compartilhada por Kleber Santos, conselheiro federal e também engenheiro agrônomo: “é uma profissão de fé cujo maior desafio agora é aumentar a produção de alimentos com qualidade, conservando as áreas verdes, além de recuperar as degradadas, o que é um trabalho constante. Como uma onda verde, temos que produzir e conservar a floresta”, diz.

A esses, Vivaldo acrescenta o desafio que para ele “é o da década”: a valorização do profissional, que, se por um lado, tem um vasto mercado de trabalho, é mal remunerado no início da carreira onde os salários variam de R$ 800 a R$ 1,2 mil. Para ele, o investimento em pesquisa, a necessidade estratégica da atividade para campo e cidade e a organização política dos profissionais “são ingredientes para atrair os jovens em idade de optar por uma profissão”.

Para Marcos Túlio de Melo, que preside o Confea, “a agronomia e a agricultura em particular, continuarão a fazer do Brasil referência mundial”. Ele afirma ainda que a valorização do agrônomo passa por mudanças culturais” e que “o Brasil depende de seu bom desempenho, e de investimentos dos setores publico e privado, principalmente no campo da pesquisa, a fim de corresponder às expectativas sobre o aumento de produção de alimentos sem aumentar áreas de plantio. Um desafio e tanto”, reconhece.

Quanto à valorização do profissional, Túlio de Melo defende que é preciso atrair mais jovens e adotar medidas que evitem a evasão que se registra hoje. Para ele, ainda, "o salário mínimo profissional, lei 4950-A, deve ser estendido ao setor público”. Ele acredita que “é fundamental aprovar a isonomia salarial para os profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia com a carreira dos profissionais de Direito, no funcionalismo público”.

Projeções geram expectativa pelo aumento da produção agrícola nacional Presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil, José Levi Montebelo, seguindo o mesmo caminho de Vivaldo e Kleber, avisou logo no início da entrevista: “quando falo da profissão que tanto amo, saio logo do amor para o fanatismo com a maior facilidade”, constata bem humorado ao longo de 37 anos de profissão. “Nasci engenheiro agrônomo e agradeço a Deus o privilégio”, confessa.

À frente de 27 associações – uma em cada estado e no Distrito Federal -, Levi defende que a categoria tem que “conquistar a sociedade mostrando a importância da segurança e da qualidade dos alimentos para a sua saúde”. “Engenharia agronômica é a arte do cultivo da terra”, define Levi, que lembra que “a amplitude do mercado de trabalho pode ser avaliada diante de dados divulgados pelo IBGE, segundos os quais temos cinco milhões de propriedades rurais no país”.

No recente recadastramento feito pelo Sistema Confea/Crea, existem 73.258 profissionais registrados, mas Levi não quer precisar números: “temos apenas estimativas”. Mas ele acredita que somam perto de 150 mil os engenheiros agrônomos atuando na profissão. “Cerca de seis mil são formados a cada ano, mas nem todos buscam registro no Sistema Confea/Crea e muitos acabam por trabalhar em outras atividades”, lembra.

Maria Helena de Carvalho

Assessoria de Comunicação do Confea

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