Crea-PE

Gestores e educadores debatem o futuro da formação de engenheiros

Encontro Regional da Abenge com o tema educação foi realizado na Poli, nesta segunda (7)

As universidades enfrentam dificuldades para atrair e manter os estudantes, especialmente nos cursos de Engenharia. Para entender essa situação e apontar soluções que garantam a qualidade na formação profissional, especialistas, gestores, professores e representantes das universidades públicas do Nordeste participaram, nesta segunda-feira (07), do Encontro Regional Abenge de Educação em Engenharia. O evento, realizado no auditório da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (Poli/UPE), contou com patrocínio do Crea-PE. 

A parceria do Crea-PE com as universidades e a capacitação dos profissionais da Engenharia foram destacadas na abertura do evento. Adriano Lucena, presidente do Crea-PE, reforçou que o Conselho se preocupa com o aluno da Engenharia, desde que ele ingressa no curso até o momento em que chega ao mercado de trabalho. “Nós fazemos essa junção com a universidade, com o objetivo de que o aluno tenha uma visão do mercado, seja como profissional ou empreendedor”, afirmou. 

Adriano Lucena citou as parcerias com a UPE, a exemplo da Sala do Empreendedor, inaugurada recentemente, e do programa Crea na Comunidade, que oferece bolsas para os alunos da instituição. O presidente do Crea-PE destacou ainda a importância de valorizar as entidades de classe, a luta pela garantia do salário mínimo profissional e os projetos estruturadores para o desenvolvimento do Estado.

Para o vice-reitor da UPE, José Roberto Cavalcanti, as universidades precisam repensar a formação dos engenheiros. “A educação em Engenharia tem que se reinventar para que possamos formar os engenheiros necessários para o desenvolvimento do País”, declarou. O vice-reitor também destacou o papel do Crea-PE no processo de formação dos engenheiros, ressaltando que o Conselho está trabalhando muito com as instituições de ensino com o objetivo de qualificar os profissionais. 

A atualização dos currículos, formação dos docentes e projetos pedagógicos foram alguns pontos debatidos durante o encontro. Os palestrantes e participantes das mesas redondas também abordaram as competências na formação em Engenharia, acolhimento aos novos alunos, evasão e acompanhamento dos estudantes que se formam na universidade. 

Adriana Tonini, presidente da Abenge (Associação Brasileira de Educação em Engenharia), falou da importância de professores e coordenadores se engajarem para melhorar o currículo da Engenharia. Também destacou a necessidade de que se crie um movimento para fortalecer políticas públicas de formação dos engenheiros, sensibilizando os políticos para a importância da Engenharia no desenvolvimento do País. “Temos compromisso com a formação da Engenharia. O mundo está mudando e a universidade vai ter que mudar”, acrescentou o diretor da Poli, Alexandre Gusmão. 

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