Crea-PE

Canal do Sertão Alagoano é apresentado aos presidentes dos Creas

Maceió, 3 de julho de 2013

Assistindo a palestra “Projeto e Obra do Canal Adutor do Sertão Alagoano”, feita pelo secretário-adjunto de Projetos Especiais e Irrigação do Estado de Alagoas, Alzir Lima, os presidentes dos 27 Creas, do Confea, da Mútua e demais lideranças do Sistema, deram início, esta manhã (3), em Maceió, a 3ª Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea e Mútua, que acontece até sexta-feira (5) na capital alagoana.

 

De acordo com o secretário, essa é uma das maiores obras de infraestrtutura hídrica do Brasil. “Se considerada dentro de um único estado, é a maior”, afirmou, destacando que a obra foi incluída e está recebendo recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que possibilitou um recente ritmo acelerado. “Há 20 anos o governo alagoano tentava executar a obra com recurso repassado por emenda parlamentar, o que causou atrasos. Atualmente já temos projetos-piloto em funcionamento, com capim em abundância, por exemplo. É impressionante como a oferta de água muda a realidade do semi-árido”, afirmou.

O projeto foi lançado pelo Governo do Estado de Alagoas em 1992, visando promover o desenvolvimento sócio-econômico do Sertão e Agreste do Estado. Prevê uma extensão de 250 quilômetros ao longo de 42 municípios, beneficiando mais de um milhão de alagoanos. O canal vai abastecer a população sertaneja que hoje sofre com a seca, melhorando a qualidade de vida da população e desenvolvendo a economia regional, contribuindo também para a redução do êxodo rural.

Entrando numa discussão mais política sobre as mobilizações que acontecem no País e o papel do Sistema Confea/Crea e Mútua, o presidente do Crea-PE, José Mário Cavalcanti, que também integra o Grupo de Trabalho Assuntos Parlamentares (GT-Apar), destacou que é importante a ação política, e não somente as consultas às assessorias jurídicas.

“Há muito lutamos para que seja formada uma Frente pela Engenharia no Congresso Nacional. Hoje ela está sendo novamente articulada por um parlamentar pernambucano, o deputado federal Augusto Coutinho, que é engenheiro. É com essa ação que vamos consolidar a nossa posição para o alcance do desenvolvimento social indicado pela sociedade nas mais diversas manifestações feitas em todos os estados brasileiros”, destacou o presidente do Crea-PE.

“Vemos aqui o esforço do Estado de Alagoas para executar uma obra importante para a população. Precisamos nos juntar para a consolidação dessa Frente, para que nossa voz seja ouvida pela sociedade, para que não sejamos desmoralizados por uma posição de inércia”, defendeu José Mário.

O anfitrião do CP, Roosevelt Patriota, presidente do Crea-AL, destacou a importância para o Crea Alagoas em sediar uma reunião desse nível, ainda mais pelo momento impar que está atravessando o País, com a mobilização da sociedade. “É bastante importante que o Sistema Confea/Crea e Mútua tome uma posição social diante dos problemas apresentados. Sabemos o trabalho imenso que está acontecendo junto as forças parlamentares para levarmos esses pleitos, que será culminado com a reunião de Gramado, em setembro, quando levaremos todas as demandas apresentadas pelo nosso Sistema”.

Já para o presidente da Mútua, Cláudio Calheiros, muitas demandas que a sociedade pede passa pela Engenharia, “por isso precisamos aprovar demandas importantes, como a carreira de Estado. Precisamos fazer as transformações e, para isso, destacamos a representação federativa, que nos permitirá fazer a recomposição imediata do Plenário do Confea, para alcançar o quórum das Comissões, por exemplo. Precisamos tornar o exercício ilegal da profissão um crime, e não como uma contravenção. Por isso a importância de fazer a modernização da nossa legislação, assim teremos força para atender as demandas sociais”, destacou.

De acordo com informações do governo alagoano, o Canal do Sertão não é apenas uma obra de engenharia, e sim a montagem de um cenário que deverá promover o desenvolvimento econômico, financeiro e social a uma região, carente, desestruturada, inibida e sofrida, inserida no semi-árido nordestino, através de aporte técnico, social, de educação, político, financeiro e de cultura, produzindo assim a transformação desejada através da valoração da região.

Fizeram parte da mesa de abertura, os presidentes do Confea, José Tadeu da Silva; do Crea-SE, Jorge Silveira (coordenador-adjunto do Colégio de Presidentes); do Crea-AL, Roosevelt Patriota; da Mútua, Cláudio Calheiros, e Ana Constantina Sarmento, conselheira federal do Confea por Alagoas.

 

Ondine Bezerra
Jornalista e Assessora do Crea-PE


 

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