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Crea Convida desta terça-feira (27) terá como tema “Mercado atual de peixes ornamentais”

Como palestrante, Francisco Andrade, engenheiro de pesca e empresário na área de aquicultura, e como debatedores os engenheiros de pesca João Paulo Viana de Lima e Maviael Fonsêca de Castro

 

Clima, ambiente e localização colocam Pernambuco em vantagem quando o assunto é aquicultura ornamental. Isso o encaixa na categoria de produtor e fornecedor para outros estados do País. O setor ainda engatinha no Brasil, mas a piscicultura ornamental tem crescido e se modernizado para suprir a demanda do mercado por animais de melhor qualidade e por novidades. Isso porque, brasileiro tem uma grande paixão pelos peixes ornamentais, o que é chamado de aquarismo.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 11 milhões de pessoas têm aquários em casa no País. Para entender este setor, o Crea Convida desta terça-feira (27), traz o tema “Mercado atual de peixes ornamentais”. Como palestrante, Francisco Andrade, engenheiro de pesca e empresário na área de aquicultura. Também haverá a presença de João Paulo Viana de Lima, engenheiro de pesca, doutor em Recursos Pesqueiros e Aquicultura e supervisor de Pesca e Aquicultura no Departamento de Assistência Técnica do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e de Maviael Fonsêca de Castro, engenheiro de pesca, doutor em Extensão Rural e gerente do Departamento de Assistência Técnica do IPA, como debatedores.

O setor de peixes ornamentais envolve múltiplas atividades e compreende, anualmente, bilhões de dólares em transações financeiras no mundo, de acordo com a publicação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), “Peixes Ornamentais no Brasil – Volume 1”, de 2021. Conforme a publicação, o Brasil tem negligenciado a participação de seus aquicultores frente à demanda mundial por espécies nativas e sul-americanas, algumas raras no aquarismo mundial e de elevado valor comercial. Desta forma, um grande potencial de geração de renda fica retraído e países que têm o setor bem estruturado ficam na vanguarda do mercado mundial, atesta a Embrapa.

Para Francisco Andrade, o mercado tem espaço para crescer. Sem falar que o setor movimenta toda uma cadeia, a exemplo dos fornecedores de insumos, com a ração e os alevinos; assistência técnica; além das vias de escoamento. O engenheiro de pesca lembra que sua entrada neste segmento aconteceu anteriormente ao ingresso no curso de Engenharia de Pesca. Antes da faculdade, ele tinha uma loja de peixes ornamentais.

A veia empreendedora veio junto com o amor pelos peixes, que carregava desde cedo. “Eu era criança e já tinha aquário”, recorda Andrade. Depois da faculdade percebeu a dificuldade na produção dos peixes e resolveu fechar sua loja. Partiu para investir na produção e abriu uma empresa para criar peixes, em Igarassu.

Hoje, cultiva mais de 150 espécies, entre peixes ornamentais e vende para praticamente todo o Brasil. A operação envolve uma logística precisa. Desde o plantel até a entrega. É preciso um cronograma, baseado nas espécies com mais saída, já que o ciclo de produção dura em média de quatro a seis semanas. Desde a saída do produto até o destino final, são necessárias 48 horas para cumprir o cronograma.

Na outra ponta do mercado, vem a licença para a produção. João Paulo Viana conta que a aquicultura no Estado deu um grande passo com a criação de uma lei em março de 2020. “Pernambuco não tinha legislação específica para licenciamento para a aquicultura”, afirma João Paulo, destacando que agora, por exemplo, há uma diferenciação entre os pequenos e grandes produtores na hora de emitir a licença.

O Crea Convida será transmitido ao vivo, a partir das 19h, pela TV Crea-PE, no YouTube. Depois da apresentação dos palestrantes, será aberto um espaço para interação com os participantes da live. Será possível fazer comentários e perguntas sobre o tema pelo chat do canal do Crea-PE.

 

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