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Crea-PE, Clube de Engenharia e Assaepre negociam com Olinda piso remuneratório

A cidade de Olinda, conhecida mundialmente pelo seu Carnaval, foi palco, na noite de quinta-feira (4), de uma audiência entre o prefeito Renildo Calheiros com os presidentes do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), José Mário Cavalcanti, do Clube de Engenharia de Pernambuco, Alexandre Santos, da Assaepre, Miguel Arcanjo, e com o segundo vice-presidente do Conselho, Clóvis Arruda D’Anunciação. A comitiva estava reunida com a missão de sensibilizar o prefeito Renildo Calheiros e o secretário da Fazenda e da Administração, João Alberto Faria, sobre o piso remuneratório dos profissionais da administração nas áreas das engenharias, arquitetura e agronomia. 

O prefeito escutou atentamente o pleito dos presentes, os quais defenderam um salário digno aqueles profissionais que são responsáveis pelo projeto e fiscalização de grandes obras construídas na cidade patrimônio da humanidade. De acordo com a Lei Federal 4.950-A/66, para cada seis horas trabalhadas, os engenheiros, arquitetos e agrônomos têm direito a seis salários mínimos. Para aqueles que trabalham oito horas, a lei determina oito e meio salários mínimos.
 
De acordo com Renildo Calheiros, existe um estudo adiantado para a reestruturação do plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (CCV) para os profissionais do Sistema Confea/Crea e conceder uma recuperação salarial de forma escalonada até chegar o piso determinado por lei. A proposta apresentada foi para acrescentar ao salário base gratificações. O prefeito falou também sobre a necessidade de mais profissionais para atender a nova demanda econômica, dizendo que pretende fazer um concurso público.
 
“A grande quantidade de empreendimentos na cidade justifica um salário digno para esses profissionais tão qualificados. Os auditores fiscais, por exemplo, é uma categoria diferencia. Temos que observar que o trabalho dos engenheiros, arquitetos e agrônomos requer muita responsabilidade. Por isso, estamos aqui defendendo uma remuneração justa”, disse o presidente José Mário Cavalcanti.
 
O presidente do Clube de Engenharia, Alexandre Santos, demonstrou preocupação com relação à incorporação de gratificações ao salário para atingir a remuneração defendida pela lei, argumentando que poderia haver problemas futuros na aposentadoria dos servidores. “Não haverá crescimento econômico sem passar pela engenharia. As organizações precisam de memória. Entretanto, com os baixos salários oferecidos os mais jovens realizam outros concursos e deixam as instituições, enquanto que os trabalhadores mais antigos se aposentam e não repassam o conhecimento”, disse Santos.
Já o presidente da Assaepre, Miguel Arcanjo, informou que em outras cidades estão implantando o salário à Lei Orgânica Municipal.
 
O prefeito pediu para o secretário João Alberto Farias marcar, em breve, nova reunião para começarem a trabalhar em uma tabela salarial.
 
Kele Gualberto
ASC do Crea-PE
 
 
 

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