Crea-PE

Rodada Araripe debaterá políticas de desenvolvimento

Começou na manhã desta quinta-feira (09), em Araripina, no sertão pernambucano, o Seminário Permanente de Desenvolvimento – Rodada Araripe que, de hoje a sábado (11), discutirá os gargalos que impedem o crescimento do município que é um dos maiores produtores de gipsita. Na sua fala, na abertura do encontro, o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), José Mário Cavalcanti, que compôs a mesa diretora do evento, parabenizou o presidente do Clube de Engenharia de Pernambuco (CEP) pela iniciativa e, em especial, ao presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Araripe (Assengea), Evandro Alencar, pelo empenho e pela coragem em realizar o evento.

Para José Mário, o seminário, que pela importância já deveria ter acontecido há muito tempo, fará história em decorrência das mudanças que possibilitará. “Se o povo não se mobilizar. Se não for em busca dos seus direitos, tudo passará em brancas nuvens. Não é admissível que uma região tão rica, continue enfrentando tantos obstáculos ao seu crescimento e as soluções não devem ser apenas de um estado, de um só governo, mas, de todos os estados. Que este evento funcione como uma centelha inicial para acordar a todos nós para os investimentos necessários ao Nordeste”, sentenciou o presidente do Crea-PE.

Já o presidente do Clube de Engenharia (CEP), Alexandre Santos, disse que a realização do evento atende aos apelos e desejos que vêm do coração. Primeiro explicou que a escolha da data para o término do encontro, 11 de setembro, obedece a um fato histórico que é o aniversário da cidade mais promissora do Estado de Pernambuco, Araripina. “Ninguém duvida da importância da interiorização para o crescimento do País. Mas os poucos investimentos se concentram em Suape e no Grande Recife”, afirmou Santos.

Ainda sobre as razões que o fizeram realizar o seminário, Alexandre disse, “Queremos participar dos processos dizendo o que queremos. Queremos dizer aos governantes onde o calo está apertando. Dizer quais são os gargalos que impedem o crescimento econômico da região, uma das mais promissoras para o crescimento do Estado”, explicou.

Por fim, Alexandre Santos criticou a ausência de representantes das secretarias estaduais. “Isso é um boicote? É desrespeito ao povo do Araripe? Vamos cobrar uma explicação e o Clube de Engenharia de Pernambuco (CEP) fará isso”, disse Alexandre Santos, acrescentando que, “precisamos trabalhar de forma harmônica para alcançarmos o desenvolvimento que tanto queremos e necessitamos”.

O presidente da Assengea, Evandro Alencar, anfitrião do evento, falou da importância desse dia para todos da região e, em especial para a Assengea por estar realizando um projeto ousado. Ele disse ainda que, a economia do município gira principalmente em torno da exploração da gipsita, mas, também, com a ovinocaprinocultura, mandiocultura e apicultura. Disse ainda que, mesmo sem a ajuda do Governo, a região vem crescendo mais que outras do Estado porque tem potencial. “Transporte, saneamento, energia são obrigação do governo. Nossa obrigação é cobrar das empresas concessionárias. Temos que gritar. Se não dermos esse grito seremos apenas uma região de grande potencial”.

Também estiveram presentes à solenidade de abertura do evento, presidentes dos Creas do Nordeste, o prefeito da cidade de Araripina, Lula Sampaio, o presidente do Centro de Estudos do Nordeste (Cenor), Sebastião Campello, profissionais e demais lideranças políticas locais e regionais.

A Rodada Araripe é uma iniciativa do Clube de Engenharia de Pernambuco (CEP) com o apoio do Crea-PE, da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica (APCA), da Associação dos Geólogos de Pernambuco(AGP), do Centro de Estudos do Nordeste (Cenor) e da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Araripe (Assengea) e, patrocínio do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) e da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae).

 

Dilma Moura de Araripina/PE

ASC do Crea-PE

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