Governo do Estado já incluiu indústria no grupo prioritário para receber a primeira dose do imunizante
Em reunião virtual com o prefeito do Recife, João Campos, representantes de entidades da construção civil e do setor produtivo do Estado cobraram a liberação da vacina para a indústria na capital. O setor já foi incluído nos grupos aptos a receberem a primeira dose pelo Governo do Estado, mas ainda não foi liberado pela Prefeitura do Recife. O encontro ocorreu na última quarta-feira (9).
A reunião, proposta pelo Sinduscon, teve a participação do Crea-PE, Ademi-PE, Fiepe e CAU-PE. O presidente do Crea-PE, Adriano Lucena, começou sua fala na reunião defendendo a celeridade da vacinação para a construção civil. “Eu acho importante que a cadeia produtiva possa combater o vírus com a vacina e que a gente possa desempenhar nossas atividades com segurança. Então, vamos fazer esse apelo ao prefeito que é dessa casa, que é engenheiro e que entende toda essa nossa preocupação”, destacou Lucena.
A fala do presidente do Crea juntou-se às dos representantes das outras entidades presentes no encontro. O prefeito mostrou-se sensível às solicitações e garantiu que fará nos próximos dias um anúncio sobre a vacinação da indústria. Ele explicou que a logística do setor é o que vem segurando a liberação das doses para o segmento.
Campos disse que são 7 mil indústrias na cidade do Recife, que vão desde pequenas padarias a grandes indústrias de produtos químicos. “O quantitativo excessivo de representantes nos traz dificuldades importantes para validação da certificação do grupo”, destacou o prefeito.
Cidades como Petrolina, no Sertão do Estado, já iniciaram a vacinação para profissionais da construção civil.
Ainda na reunião, Adriano Lucena tocou em outro ponto importante para as empresas ligadas ao Sinduscon que têm recursos a receber de gestões passadas. “É interessante a gestão priorizar o pagamento e a gente possa manter essas empresas vivas, gerando emprego”, declarou Lucena.
João Campos explicou que foi criado um calendário fixo de pagamento na prefeitura para as despesas realizadas no ano. Quanto aos pagamentos pendentes, o prefeito explicou que eles são diluídos ao longo do ano. “Estamos atentos a isso”, garantiu.
PLANO DE DRENAGEM
A implementação de um plano de drenagem também foi um ponto levantado por Lucena. “Cada ano, a gente aporta recursos para limpar canais. A solução precisa ser estruturadora, para que não haja desperdício de recursos públicos”, pontuou o presidente do Crea. Ele colocou o Conselho à disposição da prefeitura para aliar o conhecimento técnico na solução desses problemas. “Essa resposta planejada e estruturadora é fundamental para que a gestão possa gastar esses recursos no futuro em benefícios da população. É também uma forma de evitar acidentes e perdas de vidas, quando há chuvas fortes na cidade”.
O prefeito assegurou que existe um amplo plano de drenagem para o Recife e que estão sendo avaliadas as prioridades para a realização das obras. “Estamos vendo quais as principais intervenções a serem feitas”, disse Campos.
Na pauta de solicitações ao prefeito, os representantes do setor também cobraram a regulamentação de pontos estratégicos para a construção civil dentro do Plano Diretor da cidade e que estão travando a liberação e construção de obras. O prefeito ressaltou ter encontrado no setor produtivo disposição para auxiliar a gestão no crescimento econômico do município.
