Crea-PE

Fórum da Engenharia Civil propõe retomada de programa de qualidade nas obras


Foi realizada na última quarta-feira (30) a primeira edição do Fórum da Engenharia Civil, que visa debater assuntos ligados à engenharia civil que sejam capazes de instrumentar propostas e ações que fomentem os diversos segmentos que envolvem o setor. O evento foi transmitido pela TV Crea-PE e contou com a participação do presidente do Conselho, o engenheiro civil Adriano Lucena, por meio da Câmara Especializada de Engenharia Civil (CEEC).

A “Qualidade na Engenharia Civil” foi o tema abordado pelo professor e ex-conselheiro do Crea-PE por 5 mandatos, o engenheiro civil Maurício Pina. O coordenador da CEEC, o engenheiro civil Marco Maciel, capitaneou o programa como mediador. Também participaram do encontro, como debatedores, os engenheiros civis Luiz Bernhoeft, Paulo Camelo, Francisco Rogério de Souza e José Jeferson Silva.

Durante a palestra foi apresentado o trabalho realizado no Programa Pernambucano de Qualidade nas Obras Públicas (Properq), do qual faziam parte representantes de órgãos contratantes de obras públicas, de apoio técnico de pesquisa e de ensino, de controle e, de execução de obras públicas.

Segundo Maurício Pina, foi um programa criado com o objetivo de garantir a qualidade das obras estaduais. Assim, por meio de capacitação oferecida pelo programa a preço módico, as empresas que quisessem participar das licitações das obras públicas teriam que alcançar, a cada seis meses, metas de qualidade até alcançar o nível A em excelência, concedido àquelas que obtivessem a Certificação ISO 9001:2000.

“Foi um programa de muito êxito, responsável pela dinamização da construção civil no estado e trouxe benefícios a toda a população pernambucana. Para se ter uma ideia do quanto a iniciativa foi bem-sucedida, mais de 500 empresas de Engenharia tiveram certificação de qualidade, assim como também, definição do percentual de encargos sociais e trabalhistas no setor, assim como definição conceitual do Benefício de Despesas Indiretas (BDI). O Programa ainda aprovou sistemas de avaliação de conformidade para empresas de consultoria de engenharia e arquitetura e de empresas de serviços e obras da construção civil”, disse Pina.

Para os debatedores é ponto pacífico a necessidade fomentar o retorno do programa. Na opinião do engenheiro civil Luiz Bernhoeft há de ser considerada exigências que garantam também a durabilidade das obras. “Concordo quando Maurício enfatiza que obra cara é obra inacabada e, diferente do que acontecia, os serviços de impermeabilização, por exemplo, passaram a ter garantia de 20 anos. Isso é qualidade da construção civil. Qualidade e durabilidade são os segredos da vida útil das obras”, afirmou.

O conselheiro Rogério Francisco disse que com a exigência do BIM, aprovada pelo Decreto Federal nº 10.306/2020, a partir de janeiro de 2021 tornou-se obrigatória a utilização do BIM na execução de obras e serviços de Engenharia realizadas pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, que passará por 3 fases para a totalidade da sua implantação: a primeira delas com início em janeiro de 2021, a segunda em janeiro de 2024 e terceira e última em janeiro de 2028.

O engenheiro José Jeferson defendeu ainda que um novo programa deverá ser atualizado, de forma a incluir nas suas exigências questões relativas à sustentabilidade e gestão ambiental.

 

Pular para o conteúdo