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Bairros da Zona Sul mantêm valorização imobiliária

  Bairros como Boa Viagem, Piedade e Candeias, além de outros localizados próximos a região do Complexo Industrial Portuário de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), têm mantido a alta valorização nos preços dos imóveis. É o que aponta o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) em levantamento realizado entre os meses de novembro de 2011 e janeiro de 2012. Essa realidade acompanha o segmento empresarial e pode ser confirmada pelo sucesso de vendas de empreendimentos como o Novo Mundo Empresarial, no bairro planejado da Reserva do Paiva, distante 15 quilômetros de Suape.

  “O movimento imobiliário depende da capacidade real de compra da população. Se tem mais oferta de emprego aliado a uma rede de financiamento, isso beneficia o setor. Temos uma expansão natural ao sul por causa de Suape, que é o principal polo de atração e desenvolvimento econômico no Estado, com um mercado de luxo que se desenvolve lá por meio do bairro planejado, não só residencial, mas também com aspecto comercial e de negócios”, aponta Marcello Gomes, presidente do Conselho Construtivo da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE).

  O centro de negócios multiuso da Reserva do Paiva é uma parceria do grupo português Promovalor com a Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR). Segundo a OR, nos últimos seis meses, a valorização do imóvel chegou a 13,5%. E um detalhe: isso antes mesmo de ser construído. A localização pode ser apontada como um dos grandes diferenciais do investimento. Outros atrativos do Novo Mundo seriam um mall de comércios e serviços, contendo 40 operações, e ainda o Sheraton Reserva do Paiva Hotel and Convention Center, hotel cinco estrelas com espaço para convenções de 2.500 m² de área total.

  A estrutura do empresarial, aliada a preços a partir de R$ 900 mensais, também chama atenção. Em pouco mais de 90 dias, as três primeiras torres, lançadas em outubro do ano passado, foram 100% comercializadas. Para o professor de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luiz Honorato, os investimentos em Pernambuco têm imprimido um ritmo constante de valorização imobiliária. “A demanda está superaquecida em função dos investimentos e dos benefícios de transbordamento de Suape, cuja influência é bastante extensa”, considera.

  Essa valorização pode ser sentida em duas direções: um mais objetivo, pelas vantagens que a área sul da RMR oferece graças aos investimentos que recebe, como pavimentação, iluminação, segurança etc.; e outro viés mais simbólico, por ser chique morar num lugar que está na moda. A Zona Sul do Rio de Janeiro, em Copacabana, seria um exemplo desse fenômeno. E quanto mais investimento material a área vai recebendo, melhor vai ficando sua imagem perante o comprador, o que influencia na oferta e demanda. “As construtoras não podem investir onde não tem infraestrutura de água, esgoto, iluminação”, explica Marcello Gomes.

   PREÇO
  Os estudos do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau apontam que o preço mais alto do metro quadrado encontra-se em Boa Viagem e Setúbal, com valor médio de R$ 4.372,76. Os imóveis menores são os mais valorizados. O metro quadrado de unidades com um quarto, segundo a pesquisa, vale, em média, R$ 5.018,75. Já os com três quartos agregaram valor médio de R$ 3.948,75.

  “Nos últimos três anos, a RMR duplicou o volume de vendas e lançamento de imóveis. E também tivemos um crescimento da dinâmica de vendas, que é o número de unidades vendidas a cada 100 ofertadas”, contabiliza o presidente do Conselho Construtivo da Ademi-PE. “Mas é importante frisar que essa valorização e expansão do mercado de imóveis não está concentrada em um ponto específico, mas se espalha por todo o Estado”, conclui Marcello.

 

Fonte: Folha de Pernambuco

 

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